sábado, 31 de outubro de 2009

Vambora ou A troca do Absurdo

Hoje eu estava no estacionamento do Direito e fiquei seguindo as plaquinhas de saída e vi que é isso que faço melhor do que ninguém. São tantas as coisas que eu queria te falar e contar. E eu sigo fantasiando que você entende tudo e melhor que todo mundo, talvez daí venha a minha naturalidade em ser "prolixo" e não ligar tanto pra isso; afinal não é pose, não é positivismo. E isso, seguir as placas, fantasiar, acaba comigo mas, ao mesmo tempo, me tira um pouco da chatice burra e apática de sempre (ainda acho que você é diferente, não vai seguir a linha de quem se ofende com a diferença do trato, com a especialidade das idéias contramajoritárias). E então, me vem a ideia de realmente te contar as coisas. E por isso escrevo. Porque se você entra aqui pra ler é você que, com todo o meu "amor" que você nem imagina, consegue sentir como sendo seu. E então é mesmo essa coisa maluca de eu me livrar do que eu nem sei se sinto pra você, sem nem saber se sente, sentir o que já estava aí esse tempo todo. A troca do absurdo. Nisso trocamos. O absurdo.

Dizem que o absurdo é dividir por zero. E nós que tinhamos tudo para dividir a vida por dois, agora dividimos por zero. Entende o absurdo? É muita vida jogada fora.

Hoje eu perguntei a um amigo se ele era feliz, mesmo sem estar, com a cidadã que ele ama. E ele disse: eu era muito feliz com ela. E muito triste. Sem ela eu não sou nem uma coisa e nem outra. Eu sorri e disse pra ele: eu prefiro a vida assim. Ele disse, me conhecendo tão bem: prefere mesmo? Eu disse, comendo um pão de queijo, lá na nossa cantina, onde você me encantou tanto nas nossas conversas no intervalo: não, não prefiro, mas pelo menos, assim, eu consigo estar aqui com você pesando mais de cinquenta e oito quilos.

Aí, eu paro aqui e me pergunto por que raios eu escrevo essas coisas? A resposta talvez seja num desabafo que não consigo ter com ninguém. Apenas com os três blogs que eu tenho. Afinal, eles entendem tudo e, por serem muito meus, acredito que eles entendem o que eu digo/escrevo. Chegamos, mais uma vez, ao absurdo!

Começa a tocar Every Breath You Take. Every single day/Every word you say/Every game you play/Every night you stay/I'll be watching you...Bobeira é não viver a realidade, lembrei do Frejat*. Então, coloco um Korn pra tocar another brick in the wall. Com Guitarra, Baixo, Bateria, e aquele gritaria toda. We don´t need no education, e foda-se mesmo as palavras prolixas, se eu tivesse dito pra você que eu só tentava me fazer de inteligente pra te conquistar, faria algum efeito? Acho que foda-se o 'se". Assim como no futebol, na vida o 'se" também não ganha jogo.

Deixar o Destino agir, então? Deixa Estar.

Lembra que eu te falei naquela carta dos 15 em 15 dias, ou então um-em-trezentos. Puts, tem gente que anda aceitando doze em doze, a Tati Bernardi. Ela que me deu "inspiração" para eu escrever isso ai. É ela quem inspira o término também. Você pode, a cada doze dias, ler um texto, a língua, brincar do não abismo (lembrei do Cartola), qualquer coisa, só ler, continuar assim, só ler, não me esquece, por favor [E quando eu estiver morto, peço que não me mate não dentro de ti, dentro de ti]. Eu nunca vou esquecer você. Eu não soube o que fazer com você, mas sei o que fazer com o não você. Isso eu sei fazer e faço bem. Lembrar que era terrível e incrível. Terrível, meu amor, como poucas (ou nenhuma) coisas foram. Mas absolutamente incrível.

* Você tem meia-hora pra entrar na minha vida.
Vem VAMBORA,
que o que você demora
é o que o tempo leva...
Ainda tem o seu perfume pela casa...

[Frejat cantando 'Vambora", pqp!]

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

1o dia do fim da nossa vida...

"Têm dias que tudo que eu mais queria é ter o que já tenho- aí fica bem mais fácil! Têm também aqueles dias que são só dias e que não há qualquer opinião pra se formar sobre eles... têm vidas que se parecem muito com esses dias."

E desses dias, eu vou querer distância a partir desse momento-agora. Dessas vidas, principalmente.
Acho que as melhores idéias do mundo são a de fazer aniversário e a da "virada do ano". Porque mesmo você sabendo que o ato é contínuo, tem-se aquela sensação de 'vamos zerar e recomeçar tudo de novo".

A confirmação de que a direção é essa veio com post da Tha, depoimentos dos amigos e amigas, scraps, abraços na faculdade, telefonemas e demais manifestações.

Aqui, fica o muito obrigado. E a oração para que o caminho, apesar de dificil e tortuoso, seja seguido. Porque nada de fazer como todo mundo faz, embora seja mais fácil aturar a tristeza generalizada que romper com as correntes de preguiça e mal dizer.


Adeus você,
Eu, hoje, vou pro lado de lá.
Eu tô levando tudo de mim,
que é pra não ter razão pra voltar.
Vê se te alimenta e não pensa que eu fui por não te amar.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Feliz aniversário!

Querido colega de curso, companheiro de bar, amigo de vida, conselheiro amoroso, conselheiro familiar. Que bom poder te parabenizar por mais um aniversário! Não sabe a alegria que me encontro ao me ver diante de tal situação. Sabe, é que por algumas vezes, nas visitas aos baixos da nossa fortíssima amizade, eu pensei que não chegaria a te desejar um feliz aniversário de novo. E sei que você pensou o mesmo. Bom, de qualquer forma, olha onde estamos!

É então repleta de orgulho por essa pessoa que você sempre foi e descobriu agora, que eu venho publicamente em nome daqueles que prezam por uma boa amizade, que gostam da sinceridade e ironias concisas e herméticas, desejar a você tudo de melhor que há no mundo. Muitas felicidades, amores, saúde, beijos, abraços, carinhos, felicidade, realizações. Isso tudo que você deseja.

Dizem que 22 é o numero dos loucos. Então te desejo também muita loucura, insanidade. Porque isso também faz parte de uma fatia muito agradável da vida. Não vou desejar juízo, pois acho que o que você já tem já basta para SOBREviver. Que você curta demais, aproveite demais. Nada melhor do que isso.

Do fundo do coração da amiga que você tem aqui, te desejo o melhor!
Parabéns Dedey, que venha muita coisa boa desse andrey22. E eu tenho certeza que virá!


Amo você!


Um brinde, de rum com coca.
“Cada um tem a idade do seu coração, da sua experiência, da sua fé.” – George Sand

domingo, 25 de outubro de 2009

Metade...dobro...

"Eu sou um poema inacabado que ninguém nunca leu. Eu sou a paisagem daquele quadro que o pintor não terminou. Eu sou uma tarde quente de verão em que não choveu. Eu sou Aquele rio que secou Antes de alcançar o mar. Eu sou aquele sonho bonito que ninguém realizou. Eu sou a escultura quase perfeita que caiu da mão e quebrou. Eu sou aquela paixão gostosa que por medo, alguém sufocou. Eu sou o amor que alguém esperava mas nunca chegou. Eu sou metade do que eu desejava ser... o dobro do que eu nunca esperei..."

(Clarice Lispector)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Senta aqui (com antecedência de 7 dias)

Brugger, você que está ai a toa, tomando sua cerveja: Vá chamar o Andrey e o Dedey...!

Isso, senta todo mundo bonitinho ai, que eu quero falar pra vocês, agora. Sentem aqui, que hoje eu quero falar...Gente, falta uma semana para eu chegar e quero ver a CASA BONITINHA, hein?

Sério, Andrey. Pára com a Ironia, não a Concisa e Hermética (que aliás, é muito boa), estou dizendo da diária. Eu sei que você anda cansado por ter que dar conta de 9 matérias, mais defensoria pública, coração que o Dedey sempre avacalha, e ainda ser amigo,irmão, tio, neto, filho. Brugger, vamos tentar continuar nessa coisa bonita de ser amigo, de brincar com a galera, de dar conselhos e tal, contudo..promete pra mim? Promete que você, quando eu chegar, somente se doará para quem entrar em campo contigo?! Para quem tomar tuas dores e te dar o mundo? Seríssimo isso, você anda facilitando a vida de tanta gente...e você? Quem anda te facilitando a vida? Pelo que ando vendo, só a galerinha marota do aforismas e olhe lá!

Dedey, pára de rir, jovem! Olha pra cá...eu sei que ela acabou de entrar no MSN, mas olha pra cá...Por tua causa o Andrey anda estudando à noite, para ler IED de manhã, jovem! Eu sei, é muito legal..ele não reclama disso, você sabe..a Tha bem que disse sobre ele, isso..aquela piada da coleira..isso mesmo! PÁRA DE RIR...haoaihaia..Eu sei que é engraçado, tragicômico!

Vamos nos reunir, constar em ata, no cosmos ou em que vocês quiserem: Aquele garoto que iria mudar o mundo tem que ser o HOMEM que vai ajudar a mudar o mundo. Vamos continuar lutando pela ideologia mesmo. Mesmo que ninguém acredite, mesmo que não vejamos essa sociedade que a gente imagina, a Sociedade de Escolhas, vamos em frente, gente! Tentemos, ainda, amar consciente, nada de estripulias, nada de ficar "preocupado" demais com planos megalomanos de amor-perfeito-para-sempre, sejamos realistas, dia-a-dia, um dia em 300 e por ai vai (Puts! Forcei com vocês três agora, né?!). Tentemos manter o nosso IRA no Direito em 80, senhores! Tentemos fazer do Direito aquilo que a gente acredita. NÃO DECOREMOS nada!

Além disso, dar ainda mais valor à família. Vocês viram que maravilha foi viajar com parte da galerinha pra CF?! Pois é...
Gente, também tem um conselho...acreditar na Vanessa da Mata quando ela diz que há tantas pessoas especiais e, principalmente, acreditar que bom encontro é de dois.

Virão dores, mas estarei com vocês. Virão alegrias, e eu ficarei mais feliz ainda. Viver é isso, ficar alegre na hora da alegria e ser ainda mais forte e alegre para aguentar a tristeza. O Riobaldo disse, moçada, é preciso sofrer depois de ter sofrido e amar e mais amar depois de se ter amado.

Que seja doce, Senhores! Semana que vem, tô chegando!

Abraço de quem anseia pelo encontro,

Amor,

Andrey-com-22-anos!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Além da Casca*

* Veio esse primor de texto lá da Marina, no http://meninadesorte.blogspot.com/

** Comentem no texto anterior nesse mesmo bat-blog, da Tha. LINDO DEMAIS! Só tirei do "topo", porque esse da marina me tirou do mundo.

"Sempre disseram que sou bonita.
Com uma frequência maior ou menor dependendo do meu peso, que desde bebê oscila muito.
Claro que tem gente que me acha feia e em certos dias eu assino em baixo, embora a opinião alheia nunca tenha feito muito diferença nesse quesito.
Cresci moleque. Um moleque feliz, que coleciona cicatrizes nos joelhos e cotovelos. Que tem marcas de arranhões e muita coisa boa pra contar.
Só que eu cresci.
Lembro claramente de que, quando era menina e as pessoas diziam que eu era linda, queria que elas dissessem que eu era inteligente, esperta... essas coisas. Nunca quis ganhar nada através da beleza.
Vai ver seja por isso que sempre fui um tanto relaxada com a aparência.
Nunca liguei para aparentar. Sempre quis ser.
E sempre fui.
Amigona, inteligente, divertida, bom papo, leal. Nunca me senti perdendo nada por não ter medidas de "Miss". Sempre consegui trabalhar com o que queria, sempre fiz bons amigos, namorei o quanto quis.
Sempre consegui, na garra, no papo, no esforço, o que queria.
Só comecei a me ligar nessa coisa de beleza quando fui fazer teatro.
Era necessário. E chato.
Mas se era pelo teatro valia a pena.
E ai sim, eu adorava estar linda.
Mas o tempo passou, as necessidades da vida me afastaram dos palcos, vivi outras coisas, engordei.
Muito.
E descobri que mesmo algumas pessoas que você acha que te amam pelo que você é, não pela sua aparência, que você acha que gostam da essência, da pessoa, podem ser vazias a ponto de só enxergar o exterior, aquela harmonia entra a medida do busto, da cintura e do quadril e o tamanho das suas bochechas.
Mas que uma decepção ou mesmo um incentivo para mudar, coisas assim me fazem pensar se nessa vida existem pessoas que merecem de verdade seus sentimentos.
Claro que temos excessões. Tipo aqueles amigos que te dizem que você pra eles é homem. Isso é deverás libertador. Mas no geral, perde-se muito da fé nas pessoas e, embora seja vazio a beça dizer isso, começo a admirar as mulheres que usam a beleza e o corpo para manipular os outros.
Tem gente que merece isso.
Merece mesmo.
Termino esse desabafo pedindo desculpas a quem está acostumado a ler coisas, no mínimo, poéticas aqui e dizendo que embora as vezes não seja tão fácil, aparência a gente sempre pode transformar, mas que essência ninguém muda.
Mantenho a minha cristalina e bonita, bonita não, linda, como sempre foi!
E lamento muita coisa por quem não sabe enxergar isso no outro e por isso perde e vai perder sempre pessoas que podem fazer toda a diferença na vida deles".

Aos cuidados do Cupido

Senhor Cupido,

Nós estamos com um problema de relacionamento… Não sei se o senhor percebeu...
O problema foi que o senhor levou a sério demais quando eu cantava para o senhor, a plenos pulmões, deixar meu coração em paz, alegando que já não podia amar, e exemplificando que eu amei há muito tempo atrás e já cansei de tanto soluçar.
Isso só aconteceu por dar meu coração a um belo rapaz, que prometeu me amar e me fazer feliz, porém ele me passou pra trás, meu beijo recusou e meu amor não quis. Acredita?
Cheguei ao ponto de te acusar de que a flecha do amor só trás angustia e a dor! E acabei por dizer o que talvez não devesse. Disse que meu coração já não queria saber de mais uma paixão. Mas sabe, foi tudo culpa do momento.
Foi uma raivinha momentânea, eu não quis mesmo te ofender... De verdade. É que me doeu muito na hora e acabei descontando no senhor... Afinal, foi uma errada feia na pontaria, né?
Se bem que não foi tão feia assim se pensar em todos os benefícios... Mas, bem, o que importa é que depois desse episódio eu estou sentindo certo desleixo da sua parte comigo. Tudo bem que o senhor esteja chateado, mas não acha que eu já paguei o bastante?
É, o senhor entendeu certo. Estou te pedindo desculpas pelas ofensas e querendo, assim, despretensiosamente, a sua ajudinha... Meu coração aceita, sim, uma nova paixão.
Eu sei que o senhor vai me perdoar, pois o senhor é um amor!

Beijos carinhosos!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Um mês correndo à frente do Sol* (por mais que sinta que estou sempre atrasado)




Cheguei a tempo de te ver acordar

Eu vim correndo à frente do sol
Abri a porta e antes de entrar
Revi a vida inteira

Hoje acordei com você na cabeça. Pensei em seu sorriso lindo e mentalmente te mandei um beijo. Recebeu?

Pensei no tempo e era tempo demais


Acho mágica esta palavra: sincronicidade.


Você olhou sorrindo pra mim
Me acenou um beijo de paz
Virou minha cabeça


Em português mais claro, nada mais é do que estar no lugar certo no momento certo. E você chegou. Na hora exata. No dia exato. Apareceu com seu abraço quente, seu corpo em equilíbrio, sua mente me desafiando a ser. Olhei no calendário de papel em cima da mesa. Nada estava marcado. Mas você sabia. Depois de tanto desencontro, era aquele o nosso dia. O mundo sabia. Deus, Chico Xavier, ou o Destino sabiam.

Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora o dia já clareou
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar

Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você

A galáxia inteira conspirava: vá! E fomos... entendemos nossos mundos. Eu, brincando com a magia da vida. Você, transformando a realidade em realização plena. Palmas para a surpresa! Acordei e você estava do meu lado. E eu achei lindo. Você e suas histórias de mil mundos. Sua curiosidade que não acaba mais. Seu cheiro, seu carinho, um olhar que tudo sabe e tudo quer, tua ideologia que te faz amanhecer mais forte e ser um tanto bem maior.

O mundo lá sempre a rodar,

E em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
Estrada de fazer o sonho acontecer

------- Um mês. " Eu que não amo você envelheci 10 anos ou mais, nesse último mês".

* A Clarrisa Guerra me dava a razão.


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Uni-duni-tê




É, eu sei que já está chegando a hora de eu te ver me procurando, não para trocar sorrisos, não mais para trocar segredos. Você vai vim, como sempre, com uma dose extra de charme, meia dúzia de palavras certas e um desejo. E eu vou topar não porque seja uma idiota*, mas porque simplesmente não consigo não me entregar a você. Falta em mim força de palavra, força da razão. Na teoria “blogueriana” é bem fácil. Venho aqui, escrevo algumas palavras que não fazem sentido algum na verdade, engano aqueles que vem em busca de fofocas e me mostro uma decidida. Mas naquela nossa conversa a dois, naqueles seus versos ditos pausadamente, naquele momento. Esqueço de toda essa teoria frívola, certa, e me entrego. Com um laço de fita, se for preciso. E você? Ah, bem... você vai esconder, me querer no escuro*. E eu já nem me chateio mais... Aprendi a gostar desse esconde-esconde, desse pega-pega. Afinal, melhor é ser criança, ingênua, pura e sincera.

*“Mas aí, daqui uns dias... você vai me ligar. Querendo tomar aquele café de sempre, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo.” – Tati Bernadi

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Criança...

"Toda banda tem um tarol, quem sabe eu não toco? Todo samba tem um refrão pra levantar o bloco! ....E pinta o estandarte de azul, e põe suas estrelas no azul. Para quê mudar?! Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz!"

Dia de Nossa Senhora Aparecida, Dia das Crianças.
Acho que agora é agradecimento por tudo o que cabe. Pela boa fase de pessoas que me cercam, família, AMIGOS que tem dado A força. Agradecimento por estar clareando o que espero do Direito.
Agradecimento pela maturidade que, enfim, veio.
Final de semana (feriadão) veio com o jeito de bom samba. Boa letra com frases de efeito, com risos de Falcão, iguim, Schettini, Tha e Andyara dando o tom da melodia.

Post rápido e sem muita coisa a ser rebuscada. Vai ver a "simplicidade" é o tom do melhor que há por vir.

Obrigado, mesmo, por me deixarem brincar de ser feliz!

sábado, 10 de outubro de 2009

Parecia teatro, mágico!





'Já faz uma semana que eu guardo na lembrança..", pois é, tudo começou na sexta-feira, dia 02 de outubro.

09:00 - Cortar cabelo, estudar, dizer pra ela dormir aqui em casa, apresentar bons motivos.

12:00 - Preparar material pra aula de filosofia do Direito, Civil V, ir pro Estágio.

17:00 - Sair da Defensoria Pública. Ir ao ponto para encontrá-la, confirmar que ela dormiria aqui em casa no dia seguinte.

Fim da sexta-feira, e conversas no msn e posts no Agravo, dizendo que eu estava numa expectativa do caramba pelo sábado. Afinal, seria o dia que a garota que eu estou muito afim iria conhecer o meu mundo, por assim dizer. Minha casa. Meu Quarto. Meus cantos (Diretoria e Cultural Bar). Minha mãe. Duas das minhas irmãs. Alguns dos Meus melhores amigos. E me acompanhar na minha banda preferida, tocando num dos meus cantos preferidos. Enfim, abriria meu mundo mesmo. Ela conheceria de uma só vez o "Andrey, o Brugger, o Dedey".

Sábado, 03 de outubro de 2009, cedo. Amanheço às 10h, ligo pra ela e confirmo tudo. Tudo está certo. Fico sabendo que junto a ela, vem a Melhor amiga dela. Peço autorização extra para a dona Elza. Ela concede.

18: 00 - confirmo com a Ela, Guilherme Schettini e Isa o barzinho pra concentrar. Gui, Iguim e minhas irmãs Elzimar e Lilia iriam subir de carro. Tudo marcado para começar às 22h.

20h30: começo a me arrumar. Qual camisa? Qual perfume? Gel ou não? (Caralho, quanta preocupação. Sendo que o combinado era "muita calma"). Camisa polo preta, Calça jeans, Gelzinho de leve. Perfeito.

21h15: sair de casa.
Meio do caminho: Isa avisa que irá com Luana e Thais. Logo, talvez não fosse pra concentração. Vivi avisa que está atrasada. Schettini, eu já presumia. Chego no alto dos passos 22h.
Os cidadãos chegam todos juntos às 23h. ¬¬. Schettini com aquele sorrisão, a amiga naquela calma característica e ELA...linda²! Chance de brigar = ZERO!

23h as 23h40. Diretoria. Pastel pra mim, Cerveja para mim e Schettini, Coca-cola e canjiquinha 0o para as moças.

00h10. Entrada no Cultural, após subirmos de taxi. Casa cheia. Show da Maira Cageste abrindo a noite. Encontro Tiago e família La Gatta.

00h40. Família Brugger adentra o Cultural.

Tomo minhas 2 caipirinhas.

Tudo pronto, tudo perfeito. Showzasso!!!! Anitelli entra GRITANDO: " A poesia prevalece!". Abaçaiado ( ' das lembranças que eu trago, meu perdão e meu rancor"). Zaluzejo, Pratododia*, Sina Nossa, Camarada D´Água**, Ana E o Mar***, Anjo mais Velho**** ,enfim, praticamente todas as músicas que tocam no meu som e me lembram algo. A banda perfeita. A performance da Gabi Veiga no trapézio, maravilhosa.

O meu Canto com os cantos da platéia e os encantos dela.
Genial, perfeito. Era o que eu repetia para mim mesmo.

Gui e Iguim foram embora mais cedo com minhas irmãs! =/
Eu amei o Iguim lá com a gente, 13 anos e um show de bola o muleque. Gui nem se fala, Falcão sempre dando show em tudo quanto é lugar.

Pra fechar, Cerveja com Schettini e Sambavesso no palco.

Vinda para casa. Táxi. Deixamos Schettini em casa, são (?????) e salvo. Bora pra minha casa. Entrar, ela conhece os cachorros, adentra a casa. Mamãe já em casa, com café pronto e pão caseiro quentinho. Dormir. Acordar. Ela e minha mãe falando de tudo e mais um pouco. Perfeição à vista?!

O resumo desse interstício já está no Agravo, transcrevo aqui:
"Ela sopra trechinhos de um coração temporal e se ocupa na preocupação com futuro e neuroses sentimentais. Ele sofre horrores, mas continua do bem, sempre inventando histórias com final feliz. Hoje, ele amanheceu com ela nos braços, achando que era sonho. Porque após dormirem abraçados, sonhou com ela. Ele acordou e a viu dormindo linda, respirando tranquilidade. Ele dormiu com sorriso aberto, com respiração nela, com uma satisfação de noite perfeita. Ela acordou princesa. Ele acordou cantando, assim como o mundo. Quando ela dorme na casa dele, o mundo acorda cantando, ele lembrou. A cena, ele não imaginaria tão perfeita. Entre tanto amor, entretanto a dúvida; era a música. A recepção e o café feitos pela mãe dele, surpreendentes. Satisfação dele. Alegria dela. Vida que segue para ambos. Do jeito deles. Deles. Eles.".

* " Como arroz e feijão é feita de grão em grão nossa felicidade. Como arroz e feijão, a perfeita combinação, soma de duas metades. Como feijão e arroz, que só se encontram depois de abandonar a embalagem. Mas como entender que os dois, por serem feijão e arroz, se encontram só de passagem?! Me jogo na panela, "pranela" eu me perder, me sirvo à vontade, que vontade de te ver!!!"
** Pro Gui, Gui Schettini e Iguim: " Camarada, viva a vida mais leve. Não deixe que ela escorregue, que te cause mais dor. Caixa D´Água guarda a água do dia, não cabe tua alegria, não basta pro teu calor. VIVA A TUA MANEIRA, NÃO PERCA A ESTRIBEIRA, SAIBA DO TEU VALOR. E amanheça brilhando mais forte!! que a estrela do norte que a noite entregou. Camarada D´Água fique peixe de manhã, de madrugada. Fique seja a hora que for!!! ... COMO PODEREI VIVER? COMO PODEREI VIVER SEM A TUA, SEM A TUA, SEM A TUA COMPANHIA????"
*** Tive que passar pela avenida Paulista. Mas passagem boa: " Ana e O Mar, Mar(i)Ana, histórias que nos contam na cama, antes da gente dormir..."
**** Pra ela que fez valer meu show e esse último mês: " Só enquanto eu respirar, vou me lembrar de você. Só enquanto eu respirar".

Foi como eu tinha imaginado. Melhor, talvez. E PERFEITO. Dormi com teu cheiro impregnado na camisa e no pensamento.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Hoje, quem fala é o Caio F.

Quanto ao fim de semana, crônica saindo do forno para o próximo post.
Hoje, quem vai se manifestar é o Caio Fernando Abreu.




"
(Silêncio)


-Quando a noite chegar cedo e a neve cobrir as ruas, ficarei o dia inteiro na cama pensando em dormir com você.
-Quando estiver muito quente, me dará uma moleza de balançar devagarinho na rede pensando em dormir com você.
-Vou te escrever carta e não te mandar.
-Vou tentar recompor teu rosto sem conseguir.
-Vou ver Júpiter e me lembrar de você.
-Vou ver Saturno e me lembrar de você.
-Daqui a vinte anos voltarão a se encontrar.
-O tempo não existe.
-O tempo existe, sim, e devora.
-Vou procurar teu cheiro no corpo de outra mulher. Sem encontrar, porque terei esquecido. Alfazema?
-Alecrim. Quando eu olhar a noite enorme do Equador, pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
-E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.

(Silêncio)"

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Das coisas que eu queria ouvir

Naquele dia-a-dia, chegou o dia. Eu abri a porta de casa, carregando meus cadernos, bolsas e as contas a pagar. Quase que visito o chão ao passar despercebida pelo pedaço de papel amarelo, canto de catálogo telefônico, que estava por ali. Era um bilhete do porteiro. Pensei que já seria mais problema, reunião ou pagamentos. Me dei prioridade. Coloquei o papel de lado, tirei os saltos. Fui à cozinha, ao quarto. Me sentei para cumprir atividades. Olhei o papel. Li. Mas o que será que o porteiro estava guardando para mim? Desci. Lá estava ele. Como entrei pela garagem nem o vi. Eis que de trás do balcão surge, inesperadamente, um buquê de rosas. Aquela malicia adulta perpassa seu rosto. Agradeço. Volto estonteada. Surge a idéia de procurar por um cartão. Então eu acho. É seu, meu amor. Aqueles escritos, em aramaico quase, que eu aprendi a decifrar na escola enquanto rabiscava “te amo(s)” pelo seu caderno. Aquele que me escreveu “te amo(s)” também. Pena que não escreve mais. Ou não escrevia. Era simples, você tinha lembrado, talvez um pouco tardiamente, que eu gostava de rosas e resolveu me mandar. Eu engoli. Não consigo enxergar maldade, até hoje, no nosso relacionamento juvenil. Já era noite. Resolvi deitar. Não segui as regras de etiqueta, não corri para o telefone. Deus, quem diria! Dormi e sonhei com você, meu bem, que graça! Há muito já havia me esquecido de te visitar em sonhos. Como foi bom reconhecer a ternura de seu abraço, seu olhar brilhante, seu sorriso iluminado. Deitamos para rever um dos vários filmes que assistimos juntos, abraçados, quando ainda éramos mais nossos. Acordei. Não, a nossa música já não é mais o meu despertador. Mas mesmo assim, acordei pensando em você. Olhei para as flores então na água. Já não tinha mais a mesma cor da noite passada. A flor, como o amor, desbota pouco a pouco. Apesar de sempre deixar sementes potencialmente capazes de se fazer reviver. Tomei meu café. Tomei meu banho, me arrumei. Juntei as coisas apressadas e quase me esqueço do celular. E da agenda! Ah a agenda! Seu telefone já se confundiu aos montes de números que tomaram prioridade. Ainda será o mesmo? Olhei o cartão, não havia telefone. Decidi tentar por aquele antigo, mas quando passasse pelo caótico trânsito. Cheguei no escritório, distribui “bom dia(s)”, e me sentei. Me envolvi em trabalhos, em estudos. Seu cartão caiu do meu colo. Me lembrei do sonho, da realidade perdida. Busquei voltar ao trabalho mas, por Deus, que lástima! Não agüentei. Te liguei naquele número. Chamou! Você me atendeu. Céus, sua voz me arrepiou e recuperou lembranças de uma pessoa que eu nem lembrava ter sido. Claro, almoçar dentro de duas horas. Em um restaurante que eu não me lembrava de ter ido com você. Cheguei, atrasada. Afinal, tem coisas que nunca mudam, como você mesmo disse. Olhei seu rosto, enquanto você olhava o meu. Tanta coisa tinha se passado e eu ainda encontrava seus detalhes, tão bem guardados e agora tão vivos, nas curvas de seu rosto. Seus olhos brilhavam daquele modo que eu conhecia. Ri, nervosa. Conversamos. Meu coração palpitava, minha cabeça se recusava a acreditar e meu corpo desejava o seu ardentemente. Continuava com aquele sorriso bobo, que você sempre soube colocar no meu rosto. Almoçamos. A rotina nos clamava. Combinamos um jantar, mais tarde em seu apartamento. Lembrava até do gosto diferente que a água tomava quando me dada por você. Esqueci das tarefas de casa. Pensava somente em te encontrar novamente. Cheguei, você estava tão lindo. Seu charme, que sempre fora tão angelical, me domou de um jeito intenso. Mas tomei cuidado. Amigavelmente, conversamos, jantamos e falamos de tudo que nos vinha à cabeça. Que coisa é a vida. Antes sabia tantos detalhes de você, e agora num ritmo descontrolado, perguntava de cada parente que quase me falhava a memória. Passamos um bom tempo. Resolvi voltar, estava tarde. Você me pediu pra ficar, mas disse ser em vão. Te queria, te quero. Você me beijou. Não era o mesmo beijo que eu me lembrava, mas ainda tinha a mesma magia de antes. Cedi. Quis saber seus limites comigo. Nenhum. Como tinha eu desejado isso! Éramos nós, éramos dois, éramos um. Era este o momento. Você percebera que era eu. Era eu quem seu coração sempre clamou, sempre implorou, sempre desejou. E quem você sempre negou. Rimos da situação. Chegava a ser estranho, mas se sentia certo. Para surpresa de muitos que se perderam pela vida, juntamos, vivemos. Gastou-se tempo. Mas eu te convenci com retórica fraca, juvenil. Você então me disse que me amava, que me queria, que era eu e mais ninguém. Nas nossas brigas, te dizia que quando você voltasse atrás seria tarde. Mas não foi.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Da força maior do "Basta"!

"Assim: deixa a vida te lavrar a alma, antes, então a gente conversa. Deixa você passar dos trinta, trinta e cinco, ir chegando nos quarenta e não casar e nem ter esses monstros que eles chamam de filhos, casa própria nem porra nenhuma. Acordar no meio da tarde, de ressaca, olhar sua cara arrebentada no espelho. Sozinho em casa, sozinho na cidade, sozinho no mundo. Vai doer tanto, menino. Ai como eu queria tanto agora ter uma alma portuguesa para te aconchegar ao meu seio e te poupar essas futuras dores dilaceradas. Como queria tanto saber poder te avisar: vai pelo caminho da esquerda, boy, que pelo da direita tem lobo mau e solidão medonha." ( Caio Fernando Abreu).


Pois é, garota. Sei que dei o "basta". Na verdade, você até sorriu, porque com certeza não suportaria ter um cidadão chato "atrás de você". Engano, digo porquê.

Você me conhece há tão pouco tempo, o que te contaram tem mais horas e dias. Eu não sou mais aquele garoto que acredita em amor-eterno-senão-me-mato-amém! Sério, eu acho que estou próximo de quem eu gostaria de ser aos 22. Te juro também que acredito fielmente naquela de que o problema não sou eu. O problema talvez seja a sua falta de coragem de ser feliz. É mais fácil realmente escolher sofrer. "Se a sorte lhe sorriu, por quê não sorrir de volta?".

Pretensão? Não. Simplesmente acho que pela conjectura que se apresenta, você quem perde. Eu posso ser, hoje, equilíbrio para você, garota. Eu posso ser referência e tenho um monte de frases feitas para te dar subterfúgios na hora da crise.


Acredito que você é rara. Não é como esses cidadãos e cidadãs que abusam da própria mazela sentimental, pelo menos não deveria. Você não é dessas que a futilidade se encarrega de maestrar. Essa tua maquiagem é só máscara para a insegurança que você traz. Não seja como eles, lactobacilos vivos vomitados sonhando espermatozóides que não são.

Ah, Garota. Eu queria mesmo demonstrar que no caminho da direita tem um lobo mau, ou vários, querendo apenas te comer; e junto deles, solidão medonha. Vem pra esquerda, aqui tem fome também; mas aqui te prometo comunhão e parceria sem fim.

Se precisar, sabe onde me encontrar. Se eu lá não estiver, deixa recado. Tenho a péssima mania de voltar sempre aos mesmos lugares. A relação nem é tao propriamente com o local, mas sim com as pessoas. Te responderei prontamente.

Enquanto isso, "Nossa sina é se ensinar".


"Falaram então sobre as paixões, os enganos, as carências e todas essas coisas que acontecem no coração da gente e tudo, e nada. Dançaram de novo. (…) Ela deixou que a mão dele descesse até abaixo da cintura dela. E numa batida mais forte da percussão, num rodopio, girando juntos, ela pediu:
- Deixa eu cuidar de você.
Ele disse:
- Deixo."