sexta-feira, 29 de abril de 2011

Eu não tenho para onde ir, mas...

Escuto uma setlist que conta com Engenheiros do Hawaii e Paralamas, não foi proposital, até parece que é Deus assoviando uma trilha sonora para os caminhos que vem sendo traçados.
A música da trupe de Gessinger é atestadora no seguinte sentido: "eu não tenho para onde ir, mas não quero ficar. Suspender a queda livre, libertar! O que não tem fim sempre acaba assim". Realmente, estou em uma fase de finalizações de tarefas, fechando casas antigas pré-fabricadas, soltando alguns grilhões semânticos e amarras que me prendiam ao pé de uma mesa (imaginária). Não tenho para onde ir, mas também não vou ficar.
E para isso foi preciso coragem para abandonar a velha foto sobre a mesa, guardei no relicário. Foi preciso colocar a casa pré-fabricada à venda, peguei o ouro de tolo e comprei asas. Foi preciso abandonar velhas espereranças embaladas por músicas de Nando Reis, afinal, a próxima banda é Paralamas, que cantam: "Eu, hoje, joguei tanta coisa fora. Eu vi o meu passado passar por mim, cartas e fotografias, gente que foi embora. A casa fica bem melhor assim".
Achei que cairia em queda livre, mas aos poucos vejo que o foco no trabalho e no caminho por vir suspendem a queda livre. De repente, aquelas asas compradas com ouro de tolo têm finalidade, atravesso a montanha e do outro lado tem espiritualidade nova, novas pessoas, novos objetivos, quiçá um novo porto.
Agora, se quiseres me acompanhar, "vem ver com os próprios olhos".

domingo, 24 de abril de 2011

Escorrega, dor.

Amores líquidos, relações líquidas, paixões líquidas. Escorrem, correm. Tenta-se segurar pelo centro, pelas pontas. Fogem. Indicam novo caminho, apontam novas direções. 'Esteja sempre com a mochila pronta, não se envolva, não se entregue', é o que se ouve. Se entregar, se deixar levar? Efemeridade. Indecisão.

"deixa estar que o que for pra ser vigora". verdade?