domingo, 26 de abril de 2009

Bilhete pra você.

"O Amor Segundo Fernanda Young

O que é amor pra mim?
Não temer o outro, contar com o outro.
A magoa é possível, mas não deixar que a mágoa se transforme em amargura e rancor.
Ainda sou assustada com as pessoas com que me relacionei e com aquela cultura machista. É claro que existem as exceções e as exceções são bárbaras,
eu convivo com uma há dez anos: o meu marido.
Os ritmos estão muito hedonistas, falta paciência, as pessoas terminam relacionamentos porque querem grandes excitações. O amor requer paciência e um tempo filosófico para você se questionar, não é o caminho do maior peito, da plástica
ou então ficar trocando de paixão pelo resto da vida.
Se você quer que ele dure, o amor tem que perdoar sempre. "





Pensando sobre ontem, acho que foi o exemplo de algumas coisas boas que ficam.

Sei que apelei forte na carta de aniversário, e sei que você evitou comentar. Contudo, sei também que ainda somos uma boa dupla, talvez de forma diferente agora.

Diferente não quer dizer pior, e isso é ÓTIMO!

Sei, também, que às vezes erro pra caramba, mesmo sem querer. Contudo, quero que você conte comigo. Seja para pegar o ônibus [ou descobrir o horário dele], para te passar sites, músicas, convites para uma baladinha tranquila; ou ainda pra contar as vezes que você perdeu seu celular! (risos).

Em suma: Eu ainda quero guerrinhas de nuvens no pós-vida, ok?


"Piegasmente" por Andrey Brugger

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Insetos interiores.

Carolina (e o nome é hermético, conciso) queria ser uma gata, queria ter 7 vidas, já desperdiçara - ainda que não percebesse - uma. Os cães dormem, toda a vizinhança parece dormir àquela altura da madrugada. Carol sorri para o meio silêncio que envolve a viela. Ela irá dormir como se houvesse a certeza de ter sido contagiada com a sina de viver mais seis vidas além daquela. Pacífica e interiorana vidinha humana de solidão propositada. Nada de companheirismos, nem meninos, nem meninas. Na verdade, o que Carol queria é ser um bicho solto, povoar os telhados do mundo de bichanos sem dono. Vociferar gemidos estridentes pelas madrugadas sem a vergonha da qual os humanos produzem em si, quando o outro arregala olhos e escancara ouvidos para colher dos podres que o alheio agrega a si mesmo. Tudo em nome da infeliz munição, proposta de apontar resquícios de que o pior do mundo se esconde por manias vizinhas.

" A Metamorfose ou Os Insetos Interiores ou O Processo
O Teatro Mágico

Composição: Fernando Anitelli

Notas de um observador:

Existem milhões de insetos almáticos.
Alguns rastejam, outros poucos correm.
A maioria prefere não se mexer.
Grandes e pequenos.
Redondos e triangulares,
de qualquer forma são todos quadrados.
Ovários, oriundos de variadas raízes radicais.
Ramificações da célula rainha.
Desprovidos de asas,
não voam nem nadam.
Possuem vida, mas não sabem.
Duvidam do corpo,
queimam seus filmes e suas floras.
Para eles, tudo é capaz de ser impossível.
Alimentam-se de nós, nossa paz e ciência.
Regurgitam assuntos e sintomas.
Avoam e bebericam sobre as fezes.
Descansam sobre a carniça,
repousam-se no lodo,
lactobacilos vomitados sonhando espermatozóides que não são.
Assim são os insetos interiores.

A futilidade encarrega-se de maestra-los.
São inóspitos, nocivos, poluentes.
Abusam da própria miséria intelectual,
das mazelas vizinhas, do câncer e da raiva alheia.
O veneno se refugia no espelho do armário.
Antes do sono, o beijo de boa noite.
Antes da insônia, a benção.

Arriscam a partilha do tecido que nunca se dissipa.
A família.
São soníferos, chagas sem curas.
Não reproduzem, são inférteis, infiéis, in(f)vertebrados.
Arrancam as cabeças de suas fêmeas,
Cortam os troncos,
Urinam nos rios e nas somas dos desagravos, greves e desapegos.
Esquecem-se de si.
Pontuam-se

A cria que se crie, a dona que se dane.
Os insetos interiores proliferam-se assim:
Na morte e na merda.

Seus sintomas?
Um calor gélido e ansiado na boca do estômago.
Uma sensação de: o que é mesmo que se passa?
Um certo estado de humilhação conformada o que parece bem vindo e quisto.
É mais fácil aturar a tristeza generalizada
Que romper com as correntes de preguiça e mal dizer.
Silenciam-se no holocausto da subserviência
O organismo não se anima mais.
E assim, animais ou menos assim,
Descompromissados com o próprio rumo.
Desprovidos de caráter e coragem,
Desatentos ao próprio tesouro...caem.
Desacordam todos os dias,
não mensuram suas perdas e imposturas.
Não almejam, não alma, já não mais amor.
Assim são os insetos interiores."

Como diria o Rappa (que vem no dia 15/5, fica-a-dica): "nosso som não é barulho, nosso grito não é aviso esquecido no entulho do folião sem juízo".

Andrey S. Brugger

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Vem sem legenda

Trata–se essencialmente das legendas.

Em uma teoria machista que não compartilho em totalidade: Bundas são importantes; coxas grossas ou finas nem tanto; silhuetas inconfundíveis são até recomendáveis.

Mas, para mim, o realmente fundamental é a ausência de legendas. Encantam–me as mulheres sem legendas, porque elas respondem com os olhos. Porque – como um ventríloquo intelectual – as palavras que saem das suas bocas parecem sempre ser as minhas, só que com ainda mais efeito e eloquência.

A ausência de legendas economiza tempo, homogeneíza o entorno, contrasta o percurso em nós e nos consome com a inteligência não dita. Estoura as cores entre os olhares e brinca com meus matizes emotivos. Não há seio perfeito que preencha a ausência da ausência de legendas, e olha que gosto daqueles (mas gosto, profundamente, desta).

Sorrisos são legais; levemente assimétricos então…melhor ainda. Mas há um caminho peculiar que eles devem percorrer pra invadir minha retina como uma colisão letal. É o percurso unicamente viável pela ausência delas.

Há de se notar também o poder da comunicação não verbal que essa interação proporciona; do qual ela é causa e conseqüência. É quando a palavra atinge suas conotações mais diametralmente distantes do óbvio, e deixa de ser decifrável para os comuns. [Tha, essa foi pra você]

É o código que se estabelece. Um grau elevado e propositalmente exclusivista de linguagem. Um triste lamento para quem não entende – mas afinal não estou falando deles mesmo; um privilégio para quem o domina [três vivas à retórica].

São os critérios da comunicação plena; fruto direto do que não se pode aprender, de tudo o que se relaciona a simplesmente ser ou não ser.

A essas mulheres dou o nome de Indefensáveis. No estrito sentido do adjetivo. Há mil maneiras de se defender de uma fala, de um argumento. Mas nenhuma chance de se esquivar de um silêncio arrebatador, de um olhar direto, de uma frase certa, no momento certo. E essas mulheres têm isso. Um certo laconismo intencional e ao mesmo tempo natural, ou a fala bem colocada e contextualizada, que nos deixa sem respostas. É a sutileza, o flutuar. Sim, as mulheres indefensáveis flutuam.

E se enganam os que acham que mulheres assim se encontram aos baldes somente em festas da alta casta social. Não mesmo. A grande sacada está em percebermos que elas podem estar em qualquer lugar; seja num de bar, de jeans e camiseta, ou atravessando a rua… Porque é disso que se trata. Do que ela é, não do que ela mostra.

A ditadura do estético nos prova dia a dia que mais importante do que ser, é o que mostrar. Elas estão na contra-mão disso. Não se preocupam em mostrar nada, e por isso mesmo nos revelam os ingredientes fatais.

Um tiro de sedução como uma flecha no olho, que capta e converge a minha atenção até extinguir toda a visão periférica de qualquer lugar onde eu esteja.

Se ela está lá, é o que basta para meus olhos. É o que há pra ver. Os dizeres invisíveis me entorpecem e me fazem entender que não se trata mais de um jogo de ataque e defesa. Se não há como me defender, apenas me deixo levar. [ " Certas mulheres, como você, me levam sempre onde querem" ]

Afinal, privilégio exclusivamente meu poder estar ao lado de uma mulher indefensável.

Obrigado às poucas que conheço, mas que me proporcionam esse enorme privilégio!

[ Que a carapuça sirva em muitas que cheguem a ler isso ]

Andrey Brugger

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Tempo ao tempo

Tudo sobre amor, vindo de mim, eu acabo achando piegas quando faço aquela revisão básica. Mas mesmo assim, de modo incansável, estou mais uma vez sentada no computador olhando para esta tela em branco do Word, esperando que as palavras fluam e expressem minha opinião neste tema. (Relevante: ao som de Rehab...).
Primeira (e única) consideração: Não foi amor, por isso não “deixou de ser”. É aquela tal citação freqüente em orkuts, blogs, contracapas de cadernos e qualquer pedaço de papel que pessoas que acabaram-de-terminar-e-ainda-nutrem-um-sentimento adoram escrever: “Amor que se acaba nunca principiou”. E quase (destaco: QUASE) que me enquadrando nessas pessoas, eu concordo com a frase. (Viu? Piegas!)
Você não perde o que não tem, ou não teve. Não se perde uma bala sem a ter antes, não se perde um amigo se ele não existiu antes. Talvez seja por isso que muitas vezes a gente apenas acha que perdeu. As coisas quando existem, voltam. O mundo gira. É só dar tempo ao tempo.
Eu sou uma das pessoas que defendem o “dar um tempo”. Acho muito proveitoso e necessário você dar um tempo ao relacionamento para refletir sobre ele, chego até a pensar que por falta disso muitos relacionamentos não dão certos. O dar um tempo acabou virando desculpa-para-não-terminar-efetivamente, e este tipo não me agrada. O que eu defendo é aquele que nos dá o espaço necessário para perceber coisas que a gente não consegue perceber com a rotina de um relacionamento, seja ele amoroso, de amizade ou familiar.
Nós só damos o devido valor quando nos falta, e ai está o grande erro. Se fossemos mais tolerantes e perceptivos, relacionamentos de qualquer natureza seriam preservados e nós não “perderíamos” tantas pessoas, sentimentos e coisas. Nestes casos é que defendo duplamente o tempo. Primeiro porque, talvez, se tivéssemos dado um tempo, a vaca não teria ido para o brejo (ou para o meu lugar, haha! Trocadilho infame, eu sei – Andrey, você riu.), pois teríamos corrigido as imensas falhas que somente hoje conseguimos enxergar. E o segundo motivo pelo qual defendo o tempo é que eu sei o que eu tive. E isso me dá a certeza de que eu não perdi nada. Vão ser as 5 letras que vão trazer de volta. Agora é só dar tempo ao tempo...

p.s.:Mil desculpas pelo tom, novamente, piegas. Prometo escrever sobre outras coisas... mas é que os pensamentos somente agora estão se ajeitando...

Por Thais Barbosa

Questão transcendental

SOBRE A FÉ
Gabriela Souza Gomes

- Mãe! … Ô mãe!

- Te aquieta, guri. Já disse que não quero saber de bola dentro de casa. Sossega e senta nesse sofá.

- Mas mãe…

- O que foi?

- Eu queria saber… O que que é ateu?

- Ateu? Ateu é… Mas onde foi que tu ouviu isso, Bernardo?

- O pai que tava dizendo ontem.

- Outra vez o teu pai. E o que foi que ele falou dessa vez?

- Eu ouvi ele dizendo que ele é ateu.

- E tu ainda dá conversa?

- Mas o que é ateu?

- Ateu é… É gente que não sabe das coisas!

- Como assim?

- Gente que não sabe o que diz ou que fala besteira.

- Hmmm.

- Agora vai tomar teu banho.

- Mas mãe…

- O que é?

- E o pai? Ele é ateu porque não sabe o que diz ou porque fala besteira?

- Teu pai não sabe mesmo o que diz. Mas ateu, meu filho, significa aquela pessoa que não tem fé. E é besteira a gente falar que é ateu porque é o mesmo que dizer que não se tem fé. Entendeu?

- Ah… Mas da última vez que o tio Mauro teve aqui em casa, eu lembro dele falando que o pai agiu de má fé. Então o pai não é ateu não, mãe! Ele tem fé, só que às vezes a fé dele não é boa.

- Não é isso …

- E eu, mãe? Eu sou ateu?

- Não, querido. Você não é ateu.

- E o que que é fé mesmo?

- Fé é quando a gente acredita em alguma coisa.

- Ah! Tipo quando você acredita em mim quando eu digo que já escovei os dentes?

- É. Tipo quando eu acredito em você quando diz que já escovou os dentes. Mas agora vai tirar essa roupa suada que a janta sai daqui a pouco.

- Mas por que que eu não sou ateu?

- Porque você tem fé, meu amor.

- Como assim?

- A mãe não te ensinou a rezar antes de dormir e agradecer por todos aqueles que nós amamos?

- Uhum.

- Então!

- Então eu não sou ateu porque eu rezo pro Pai do Céu?

- É. Agora vai!

- Tá bom.

- Esse guri, com 7 anos de idade, me vem com cada uma que só vendo.

- Mas ô, mãe! Eu não entendi direito uma coisa.

- O quê?

- E Deus?

- O que tem Deus?

- Deus é ateu?

- Claro que não. Como Deus vai ser ateu se ele é nosso Pai?

- Mas mãe, então pra quem é que ele reza antes de dormir?

Eis a questão!

Andrey S. Brugger

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Parabéns pra você!

Tha... O depoimento seria pelo óbvio: 18 ANOS! Então, além de desejar a paz, a saúde, o amor, o sucesso e todos os clichês que eu realmente desejo, eu vou tentar escrever alguma coisa que eu não te fale/deseje todos os dias, mas que você certamente já sabe (ou não) pelas minhas ações!
Para começar, deixo bem claro que, hoje, poucas pessoas tem a condição total de me dar "sermão" quando faço merda, e em uma lista seleta que inclui minha mãe, família (principalmente o Gui), você está nela. Isso porque você tem estado próxima, e mais do que isso: passou pelos problemas que eu passei, comigo, ainda que em maior ou menor grau a depender da vista do ponto (a inversão da frase se faz absolutamente necessária). Então, quando alguém vem com um pré-conceito de fatos ulteriores, isso não nos toca; somos outras pessoas. Teve uma certa guria, que depois te revelo o nome, que disse: " Cara, a amizade de vocês é uma das mais maduras que conheço.". Concordo!

Eu sempre falei que " barco bom é barco que sobrevive às tempestades". E o nosso, ninguém segura, só Deus. Mas Ele já provou que abençoa.
Confesso que para chegar a esse nível foi duro! E confesso mais: você foi a escolha mais difícil em 21 anos de história extra-uterina!
"Escolher" estar ao seu lado, para o que desse e viesse, "publicamente", sem receios e dúvidas (e me crucifico por essas ) foi extremamente difícil. Não por duvidar que "valesse a pena", isso era certeza. Contudo, assumir todas as instâncias que uma amizade pede foi escolher me abster de uma busca outra (que muita gente talvez saiba qual), foi escolher quebrar um dos meus maiores paradigmas desde que me tenho por gente. A decisão tinha que ser tomada diariamente, em cada ato. E após um tempo isso me fez ser o Homem que sou hoje. Você me ajudou a sair da casca. Me ajudou a encarar uma série de questões muito mais importantes do que o meu lugarzinho confortável apontava. Cresci e te devo um tanto nessa!

Confesso que por vezes você me aparece "fronteiriça", limítrofe entre a decisão da opinião cravada-forte-intensa e uma reticência de olhar-de-horizonte. Você me destrói nas duas hehe! Ainda assim, ao mesmo tempo, a gente consegue se entender só de olhar e a retórica dupla então...anda afinada! É só ver o nosso recém nascido blog!.
Concisa e hermeticamente venho te lembrar que você me deve! ;x
Ironicamente veio te pedir para ter juízo! 18 anos, e tu verás, caloura: Esse é o ponto em que te tornas responsável plenamente civilmente, eleitoralmente e penalmente!
Olha, obrigado mesmo pelas experiências! Até mesmo aquelas que estejam guardadas com suas "polianas e seu disco do RPM" (aliás, essas tem sabor especial haha Acho que é ponto fundador disso tudo).
Minha cor, minha cara, minha parceira de blog, de Leoni e vida: PARABÉNS!
Fique sempre bem. Conte sempre comigo, e desculpe as vezes que sou duro e tento te proteger!
Amo Você.
18 mil beijos no coração!

Andrey S. Brugger

( O depoimento-carta pro aniversário da Co-proprietária desse blog! ;D. Eu tentei fazer 77 coisas que ela gosta, 50 coisas sobre ela, mas preferi falar do que eu sei, sinto e penso! Poderia falar mais 18 anos sobre...mas não vou estragar a surpresa! :) )

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Já faz mais de uma semana que eu guardo na lembrança Ou .(Leonismo)

Pois é, Juiz de Fora - Primeiro de Abril. Dia da mentira? Mas vou contar uma das últimas noites perfeitas que aconteceram, e não é mentira!

"Rio de Janeiro
Hoje é 23 do 3
Como vão as coisas
De mês em mês
Eu me sento pra escrever pra você"

Bom, não era 23 do 3, nem Rio de Janeiro. Era melhor, Juiz de Fora em 27 do 3. Sexta-feira daquelas meio mortas, à noite, uma chuva meio chata após uma aula de Processo Civil igualmente chata.
Toca o telefone e era a minha parceira de blog e personagem principal da noite (não só da noite, tem sido da minha atual conjuntura de vida, já que tem uma participação de 95% nisso tudo).

Tha: - Dedeyyyy...onde vc está?
Eu: - saindo da uf, por que??
(ela falou alguma coisa que eu não entendi).
Eu: - Tha, quando eu chegar em casa te ligo.
Desliguei o cel.
Chegando em casa...liguei
eu: - meu amor, diga lá
Tha: - vai pro show do leoni?
(2 segundos de desespero...eu tinha vendido meu ingresso já que a galera tinha desanimado).

O que se seguiu foi ela dizendo que comprou o dela na Taco e iria com o Cesar e a namorada do Cesão pro Cultural. Excelente, pensei! Corri atrás do ingresso e de como ir, procurei a Luanda para pegar carona e não deu (acabamos encontrando com a mesma no cultural, e se deu um dos melhores diálogos desses 5 anos de amizade heehe, que será mantido em OFF, obviamente!). Decidi que iria mesmo de táxi, e tentar entrar na hora. Acabei movendo céus, terras, irmão (carona) e indo pro cultural. E daí se segue a noite perfeita com a Tha, Goreti, César!

"Sai do banho e põe o som mais alto. Canta e dança a noite é uma criança. Serve um drink, prá antes da balada. Misturando o medo com a esperança." Medo de não entrar, mas esperança (juro que eu achava que a promessa seria paga, não foi ¬¬..mas no fim das contas, melhor assim)

Noves fora o show que sempre é ótimo, e a companhia que dispensa qualquer comentário, Leoni tocou minhas antigas tragédias mas o melhor: não senti nada, além de um saudosismo bacana e uma sensação de "passou". Se eu fosse membro do AA ganharia medalha por estar 1 ano sóbrio!

"Eu reformei a casa. Você nem soube disso. Nem das outras coisas (..)Já faz tempo que eu me perdi de você".
Verdade, reformei a minha casa. A casa fica bem melhor assim, diriam os paralamas. Faz, realmente, tempo que me perdi de você.

" Vi alguns amigos. Tropeçando pela vida. Andei por tantas ruas. São estórias esquecidas. Que um dia eu quis contar pra você. Eu fico imaginando. Sua casa e seus amigos. Com quem você se deita. Quem te dá abrigo. Eu me lembro que eu já contei com você. E as pilhas de envelopes. Já não cabem nos armários. Vão tomando meu espaço
Fazem montes pela sala. Hoje são a minha cama. Minha mesa, meus lençóis. E eu me visto de saudades Do que já não somos nós."
É isso ai Leoni, só saudades...está ótimo! :)

O show seguiu... "E eu vim aqui hoje só pra dizer: Eu quero te olhar de um lugar diferente. Eu quero a chave. A chave da porta da frente. Eu quero agora e eu quero pra sempre.". Pois é, queria mesmo! ;x ... babei a noite toda, e isso é piada e fato internos.

Eu fiquei pensando durante o show: "Houve um tempo em que tudo girava ao meu redor Dos meus desejos e vontades. E todo mundo ria de tudo que eu dizia. E eu dizia um monte de bobagens..." . Bom ver esse amadurecimento. Continuo falando bastantes asneiras, porém aprendi a diferença entre humor e palhaçadas inúteis e fúteis! ;)
Afinal, "o tropeço é melhor professor do que o sucesso, é tudo bem mais claro agora". Valeu, de novo, Tha! ;)

E eu me senti extremamente ótimo no show, mesmo com meu jeito "exagerado, adoro um amor inventado" de dramatizar a vida. O melhor dessa nova fase é que nas saudades eu " imagino, eu te conserto. Eu faço a cena que eu quiser (...) só pro meu prazer".

E ai veio a primeira das mil músicas para a melhor companhia que poderia estar lá:
" Foi tanta força que eu fiz por nada, Pra tanta gente eu me dei de graça. Só pra você eu me poupei. Será que o tempo sempre disfarça? Tomara um dia isso tudo passa. Desculpa as mágoas que eu deixei." Desculpa a covardia, se você ainda acreditar eu devolvo o amor em dobro! ;) ehehe

E na sequência, para quebrar a perna e o coração a atual declaração:
" E eu tenho tanto medo. Será que tarde ou cedo. Eu me sinto dividido entre princípios e desejos. Ela tem tanto medo. E eu não sou nem metade Da metade da metade. Do que eu quis ser de verdade. Gastei tempo em nada. Da forma errada Mas deixei o melhor pro fim. Nem pirata, nem herói que mata. Pra você: o melhor de mim."
Auto-explicativo.

E bom: " Eu tenho um bom papo e sei (MENTIRA!) até dançar. Não posso compreender, não faz nenhum efeito. A minha aparição será que errei na mão. As coisas são mais fáceis na televisão. Mantenho o charme, alguém nem vê. Nada acontece, não sei porque. Se eu não perdi nenhum detalhe. Onde foi que eu errei? " Puts, cheguei perto, mão na cintura, e mão dela tirando a minha hoiahaoihaioa... as coisas são realmente mais fáceis na televisão! ¬¬ eheheoeiheoe

A explicação disso tudo é: " Seus dentes e seus sorrisos. Mastigam meu corpo e juízo. Devoram os meus sentidos. Eu já não me importo comigo. Então são mãos e braços. Beijos e abraços. Pele, barriga e seus laços. São armadilhas e eu não sei o que faço. Aqui de palhaço. Seguindo seus passos. Garotos não resistem aos seus mistérios. Garotos nunca dizem não. Garotos como eu sempre tão espertos. Perto de uma mulher são só garotos...".

E o Leoni volta pro Bis...Toca " 50 receitas ", e deu vontade de ir lá e dizer: Cara, o caminho é "IN". Tudo na vida só passa se decidirmos que queremos que passe, e renovar essas decisões nas pequenas situações. Em 3 shows, essa era a música que mais cortava ou me fazia 'cantar". Porém, cantei e empolguei na sequência:
Quando ela cai no sofá
So far away
Vinho à beça na cabeça
Eu que sei..

Quando ela insiste em beijar
Seu travesseiro
Eu me viro do avesso
Eu vou dizer aquelas coisas
Mas na hora esqueço...

Por que não eu?
Ah! Ah!
Por que não eu?...
Eu encomendo um jantar
Só prá nós dois
Se não tem nada prá depois
Por que não eu?...

Você tá nessa, rejeitada
Caçando paixão
Eu com a cara mais lavada
Digo:
Por que não?...

Por que não eu?
Ah! Ah!
Por que não eu?... (música inteira, porque foi o último momento e o mais engraçado de todos. A Tha é vítima disso.)

E não houve rio de lágrimas na comemoração antecipada de quase 1 ano juntos de novo!
" Nenhuma ironia, não foi por mal . Foi quase uma senha pra te tocar. Nem foi um sorriso, foi um sinal. Por trás das palavras, da raiva de tudo. Sorri pra tentar chegar em você. Foi como fugir pra nos proteger."

E no fim nada aconteceu
E a culpa é dela com certeza
Porque atrás da porta (e da coragem e atitude de ir sem ingresso e embaixo de chuva) certa
Prá sempre se esconde
A noite perfeita



Por fim, " Pelas ruas, flores e amigos, me encontram vestindo meu melhor sorriso. Eu passei um tempo andando no escuro, procurando não achar as respostas. Eu era a causa e a saída de tudo e eu cavei como um túnel meu caminho de volta. Me espera amor que estou chegando, depois do inverno a vida em cores.Me espera amor nossa temporada das flores.
Eu te trago um milhão de presentes, que eu achava que já tinha perdido, mas estavam na mesma gaveta que o calor das pessoas e o amor pela vida...Me espera estou chegando com fome, preparando o campo e a alma pra as flores. E quando ouvir alguém falar no meu nome, eu te juro que pode acreditar nos rumores."

Andrey S. Brugger