domingo, 20 de março de 2011

Enfim, entrei pro clube

Certa vez, eu navegava pelo blog do Gabito Nunes, o Caras Como Eu, eis que em um dos textos - de títutlo homônimo ao blog -, uma mulher comentou com toda a sinceridade do mundo o que segue:

"Sahh disse...
Eu namoro um menino assim. As vezes eu canso do mau humor dele, canso dos monólogos sobre futebol e política, canso da mania que ele tem de pensar que eu sou propriedade dele e que nada que ele faça de mal vai ser fatal para nós (pq ele tem aquele sorriso de guri que me faz desmoronar). As vezes canso mesmo e penso em terminar com ele. Só que quando eu penso em voltar a ser solteira, eu sei que eu não saberia ficar sem ele. Não teria nada mais broxante do que ir toda arrumada para uma balada e escutar 'bah gatinha, te achei tri gatinha.. deixa eu beijar essa tua boca". Chega a me dar um arrepio de nojo. E esse é o maior problema de ter em sua vida um garoto que conhece a filmografia do Almodóvar, depois dele todos vão parecer banais. E aquelas conversas baratas não serão mais suficientes. E assistir o novo blockbuster não vai ter mais graça depois de ter visto com ele aquele filme que ganhou oscar de melhor estrangeiro em 1900 e tantos. E tu nunca vai se sentir bem em um carro tunado de sei-la-quantos-mil depois de ter conhecido o conforto de um carro 1.0 com aquele menino meio termo que te fazia dar risada como tu nunca tinha feito antes na vida. Em suma, vocês, garotos meio termo, são os piores. Piores até mesmo que os cafagestes, porque toda mulher espertinha tira de letra um cafageste. Vê de longe que o cara não vai ser o pai dos filhos dela. Mas vocês não. Até mesmo a mulher mais esperta do mundo não resiste a um meio termo, porque ela não vê ele entrando na vida dela. Quando ela se dá conta está com ele comprando um Cabernet Sauvignon para o próximo sábado. E, quando ela menos espera faz planos para o próximo verão. Até que chega ao ponto de ficar como idiota imaginando como ele seria o pai perfeito para os filhos dela. Pronto, ela caiu nas garras do meio termo."
E confesso, eu tive uma invejinha de uma demonstração pública dessas, ainda que o nome do cidadão não tenha sido citado; mas o jovem existe, oras. Ok, eis que nessa semana também fui vítima - digamos assim - de um depoimento desses. Não foi em um palanque físico ou cibernético, foi no privè do meu carro, e só torno público porque veio de uma mulher que me conhece há muito tempo e disse: "Eu achava que você não valia a pena, até que conheci os fulanos que você sabe bem a história. Hoje, se eu não estivesse namorando, eu tenho certeza que eu te agarraria. A "fulana" será boba se não entender isso também. Você é um desses caras para casar. Você é um grande homem, que ficam ainda mais irresistíveis depois que a gente entende aquela sua piada mal contada".  
Então, acho que, enfim, entrei para o clube e posso me intitular Caras Como Eu. Quem sabe?

2 comentários:

  1. Se você é assim, eu namoro um cara como você. E eu concordo com a garota que diz "Quando ela se dá conta está com ele comprando um Cabernet Sauvignon para o próximo sábado. E, quando ela menos espera faz planos para o próximo verão. Até que chega ao ponto de ficar como idiota imaginando como ele seria o pai perfeito para os filhos dela. Pronto, ela caiu nas garras do meio termo." É nessa hora que o meio termo passa a ser o perfeito. =)A diferença é que garotas como eu passam do Cabernet ao pai perfeito em questão de um mês. E isso pode destruir a vida se o meio termo em questão não estiver tão interessado assim. Então, se você é um cara como esse, cuidado com as garotas como eu.

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  2. O comentário era meu. E procurei por todo o google hoje que lembrei que tinha escrito algo assim. Fiquei pasma de ler ele aqui na tua página.

    Fico feliz de ler isso 3 anos depois.

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