terça-feira, 6 de julho de 2010

Você sim, e eu? também?

Reciprocidade é questão de escolha. Eu falo, o Andrey fala, a torcida do Vasco fala. Mas e aí? Por que é tão difícil assim?

Escolher. Aí. Dor no peito, na alma. Dói a cabeça, batem os carros na rua, quebra o vidro. Olha o mosquito, lembra da prova. Toca aquela música. Você canta, o vizinho canta. O cachorro late, seu irmão te chama. Passa o comercial, começa o jogo. Toca o celular, vai na cozinha, sai de casa. TUDO ISSO? Distração.

Passa o tempo, correm os dias. E toda a vez que você resolve escolher, essas cenas aí de cima se repetem. Passam na sua cabeça ao mesmo tempo. Te desviam o foco, te levam a pensar outras coisas. E você deixa. Você permite que os fatos te inundem e façam esquecer que se tem que escolher. Você se deixa manipular por você mesmo. E o pior? Você, como eu, sabe disso.

Então você encontra aquele amigo ou aquela amiga que sabe tudo de você. Só de olhar nos olhos dela já sabe que vem aquela pergunta fatídica: “E aí?”. Aí? Aí pronto. Você se debulha em lágrimas, ou começa uma verborragia infinita de desculpas esfarrapadas que nem o seu cachorro acredita. O que é isso? É seu amigo perguntando de como vai a sua vida. Como anda o coração. Como anda a casa. É quando ele, que te conhece, pergunta se você já tomou sua decisão. E você não fez. E não fez por que? Me diz! Por isso mesmo. Medo.

Escolher dói. Decidir dói mais ainda. E o tempo correndo agrava.

Voltamos a reciprocidade. É questão de escolha. Simples assim? Não, claro que não. Por que você vai querer o simples? Por que você vai escolher ser feliz? Por que somos tão inconstantes? Por que somos tão indecisos? Por que queremos a felicidade, mas quando ela chega damos as costas? EU NÃO SEI RESPONDER.

Quer reciprocidade? ESCOLHA ISSO.

5 comentários:

  1. eu consegui descrever a situação. mas não consigo explicar a danada da reciprocidade.

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  2. Dizem que estamos na "Era do Vacilo", Tha!
    Em que é mais fácil ser triste, crê? Pois é. Por vezes, a ESCOLHA está na nossa frente, mas infinitas são as distrações como você bem pontuou ou duas vezes infinitas as desculpadelas para um "não".

    Somos filhos de Disney e filmes que dizem sobrevoar corações, estes tremerem todo naquela primeira troca de olhar. Pode ser que para alguns seja assim, eu chamo de carência.

    Afinidade é construída, queremos ou não.
    Reciprocidade é escolhida. Colocar a culpa no coração é covardia; coisa de quem não quer assumir os riscos de ser feliz!

    =]

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  3. é o que eu falei no ultimo texto antes desse né dedey, contos de fadas, filhos da disney como vc bem pontuou, que pra serem feliz, buscam um final. condicionados a viver nessa ilusão coletiva... dificil...

    te amo!

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  4. Quero vir até aqui, ainda que atrasada, agradecer a você, Thais. Sim, agradecer por ter me deliciado com uma leitura que transfundiu-se em abertura de olhos.
    Comentei com o Andrey e pedi para ele lhe transmitir a boa notícia (para mim, ao menos rs): tuas palavras me fizeram dar chance para uma felicidade que estava bem defronte aos meus olhos. Estou vivendo o paraíso. Sabe aquela música da Banda Eva? "E eu descubro que além de anjo, eu posso ser o seu amor". Quem diria que meu melhor amigo seria o meu amor? Bem, o Andrey diria. Sempre disse. E você transformou a idéia lindamente em palavras.
    Obrigada pela, como bem denominou teu parceiro, prestação de serviços sociais aos corações alheios. Cuidem bem dos seus, quem sabe vocês já nao se sejam soluções...?
    [Se eu desaparecer, procure no sítio do Andrey rs. Piadinha babaca, mas é a felicidade transbordando e você tem participação nisso].

    Um beijo.

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  5. Sabe, a torcida do Vasco nem é grande pra você dar um exemplo de que todos falam. ;P

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