"Para atravessar agosto também é necessário reaprender a dormir,dormir muito, com gosto, sem comprimidos, de preferência também sem sonhos. São incontroláveis os sonhos de agosto: se bons, deixam a vontade impossível de morar neles, se maus, fica a suspeita de sinistros angúrios , premonições.Armazenar víveres, como às vésperas de um furacão anunciado, mas víveres espirituais, intelectuais, e sem muito critério de qualidade."
É você, romântica como sonhado, mais sexy que o imaginado. Somos eu e você em um passeio de carro por uma cidade sulista, visto o frio e a nossa tentativa de qualquer comentário sobre a arquitetura do lugar. Você linda, (com seu) sobretudo.
É você sugerindo o café e sentando como sempre se assenta em cadeiras (de bar, de praia, de qualquer lugar). Sou aceitando o calor, não do café, mas das suas mãos nos meus ombros, encaixe perfeito - todo mundo diz.
Somos nós dois viajando sozinhos como eu sempre quis. A descoberta do óbvio de tantos anos, "feitos para durar, uma luz que não produz sombras. Somos o que há de melhor, somos o que dá para fazer". Falamos de sinas -as nossas, que sempre foram se ensinar -, aquele papo de apontar para a fé e remar, frases do quilate de 'devíamos ter feito isso há muito tempo", pedir mais um pedaço desse bolo delicioso, mais uma das nossas conversas de horas, planos que deram certo ou não, darão ou não. A promessa do nosso "para sempre", poucas pessoas conseguem isso. A gente consegue, de alguma forma.
Somos nós dois no quarto. O Ir-Remediável. Remediável para toda dor de uma vida. Piadas internas. Mundo aberto. Soma de duas metades. Afinal, se não tem nada para depois, por quê não eu?
muito bom o texto dey, gostei mesmo dos trocadilhos, haha!
ResponderExcluirbeijos!
Adorei!!!
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