Eu pensei em postar algum texto quanto ao Orlando Silva ser suspeito de propina, deixei pra lá (cada um lê por si e também espera a investigação começar e concluir o que supostamente houve). Pensei também em falar sobre a campanha de desenhos no avatar do facebook, achei bacana e tal, mas também não quis polemizar com os reacionários gratuitos de plantão. Pensei em escrever sobre a acefalia generalizada dos membros que sigo no facebook e twitter, salvo exceções especiais, que meteram o ferro na Globo por não "mostrar o Pan-Americano", sendo que os direitos são exclusivos da Record (sim, existe outra emissora que não a Globo), mas deu preguiça de desenvolver isso tudo. Pois é, como diz o Gessinger parafraseando Machado de Assis: Estou com tédio à polêmica.
Então, eu vim contar da última conversa de bar ou da última filosofia de colo. Objeto: são expressões grandiloquentes como 'para sempre' e ' nunca mais'. Expressões ditas em segundos que querem ilustrar uma vida ou até mais (para quem crê).
E aí que eu relativizo isso tudo. Já vi o mundo desabafar infinitas vezes e depois novas paisagens brotarem, serem desenhadas. Vi o furacão no horizonte chegar como brisa de mar em dia de calor-quarenta-graus-em-maceió. É o tal do tempo, que nem sempre temos. Nem sempre temos o próprio ou a parceira dele, a dona Paciência.
Tenho usado pouco o "nunca mais" e o "pra sempre". "Nunca mais" cai em questão de segundos, horas, anos, atitudes. Principalmente pelas últimas. Já pensei que nunca mais falaria com a minha parceira de blog e agora ela está "para sempre" na memória em ritmo de valsa. Diz aí.
"Nunca mais" é forte demais para sentenciar nessa vida. Estamos em eterno progresso. O "agora não é hora", esse sim, existe. Questão de harmonizar. Ah, esse verbo que chegou para colorir ideias. Harmonizar. O que harmoniza tem força!
Temos que ter cuidado com os "nunca mais", tão sedutores para nossa natureza de perdições e procurar-achar motivos para não ir à luta! Milagres acontecem quando a gente vai à luta!
E o que dizer sobre os "pra sempre"? Sempre acabam? Não acho. Acredito que a gente consegue adormecer sentimentos, de acordo com o velho binômio conveniência-oportunidade. Tenho dormido, acordado, sonhado amor há 7 anos. Questão de vibrar amor, questão de vivenciar e deixar tomar conta. Velha estória de uma ideia que existe na cabeça e não tem a menor obrigação de acontecer. Que bom seria se acontecesse, óbvio. Mas dormir e acordar. Sonhar. Realizar. E ai, acreditar em "pra sempre"? Sim. De janeiro a janeiro até o mundo acabar.
Ainda nesse ínterim, me perguntaram também sobre minha crença, intacta, já adianto, de abnegação de corpos outros, que não o "da amada", aos vinte e três anos, quase vinte e quatro. Sim, mil vezes, sem pensar duas vezes. A maturidade também trouxe velhas crenças que eu não tenho medo de reafirmar. Bancaria, sim, o Frejat, desejaria todo dia a mesma mulher e "pra sempre".
Como transigir entre o "nunca mais" e o "pra sempre"? Com calma e tendo fé naquela coisa do Caio F. "Acontece que entre o ainda-não-é-hora e Nossa-Hora-Chegou muita gente se perde. Não se perca, viu?". Força e Fé. Teoria do Porta-Avião, aquele pouso na hora certa, quando tem razão e motivos para pousar.
D I G D I N!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirLindo texto...amei!!
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