quinta-feira, 7 de maio de 2009

Sobre os implícitos

Queria escrever sobre tanta coisa, usar os nomes verdadeiros e não “ele, ela” (sim virgula e não o conectivo e). Queria escrever sobre emoções, sentimentos, coisas que me vem na mente em qualquer momento de ociosidade (freqüente nessas férias de seis meses). Queria, queria. Quero, quero. Mas não vou. Manterei o padrão imposto ou adquirido (ou os dois) e deixarei subentendido, nas entrelinhas.

Então falarei sobre isso, sobre os pressupostos e implícitos. Não falarei de modo técnico e brilhante como o fez minha querida amiga e mestre em retórica. Falarei mais sobre o uso deles.

Eu adoro e venero o uso dos implícitos. Eu mesma uso e abuso deles. Tenho, talvez por esta admiração, uma certa percepção bem alta de quando está se dizendo mais do que realmente foi dito (coisa que devo ao Andrey), mas ultimamente tenho me deparado muito com a frase:” mas estava implícito!”. E em minha defesa: Não estava!

Erros de português, daqueles bem básicos, me arrepiam. O mau uso do implícito também. Estamos numa fase onde a Língua Portuguesa perdeu o respeito. Todos acham que a entendem, que a dominam, que são ótimos (até engenheiro tem blog! Haha, brincadeira). Sei que estou muito, muitíssimo distante de ser o supra-sumo da língua portuguesa, ou mesmo de ser uma pessoa que não comete erros ao escrever, mas eu ainda respeito esta língua e me vigio ao máximo (exceção: (des)”acordo ortográfico”) para não cometer erros.

Mas você deve estar se perguntando onde quero chegar com toda essa enrolação. O meu objetivo aqui era simplesmente desabafar sobre a revolta que eu me encontro por verem as pessoas deturpando COMPLETAMENTE os implícitos e pressupostos.

Existe uma regra para usá-los, todas as palavras têm que estar em harmonia, e o mais importante: tem que fazer sentido. Falar que vai a padaria, sem contexto, não deixa implícito que vai trazer chicletes. Então por favor. Não usem falsos implícitos. Sejam explícitos comigo. Digam diretamente o que querem, o que pensam, o que sentem. E se puderem trazer junto uma caixa de Tylenol para a acabar com essa dor de cabeça que me causam, eu agradeço.

por Thais Barbosa

2 comentários:

  1. Tá de sacanagem?

    1) Você escreve e nem me avisa!
    2) Você SABE o que eu quero.

    2.1 - Sendo explícito: PAGUE SUA DÍVIDA! ;x ahoiahoaihaoiahoia

    Desta feito, concordo - para variar em nada - com a senhorita!

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  2. Ola', Thais.

    Gostaria que voce^ me indicasse bons livros para estudar os implicitos (pressupostos e subentendidos). Meu email e' edilonr@netscape.net

    Muito obrigado.
    Edilon

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