Estou com saudade de você, sabe. Estou com saudades da gente. Do frio na barriga ao te ver até ao aperto no peito em te esperar. Estou com saudades do seu sorriso de menino, das suas brincadeiras bobas e até da nossa briga de almofadas. Estou com saudades de sair com você e ver você imitando a música que estiver tocando só pra me fazer rir. Aliás, como estou com saudades de rir. Estou com saudades das mensagens, das suas, das nossas mensagens, e de ouvir sua voz me chamando ou me perturbando. Saudade dos seus beijos, saudade de você.
Falando assim parece até que foi perfeito. Tendência nossa, tendência minha... Acabou, passou, não temos mais, então é hora de fantasiar e só olhar o lado positivo para ficar se culpando pela não existência. Vai entender... Mas talvez não seja questão de ser entendida, seja só de ser sentida, vivida, apreciada. E então não se condena mais o termina e volta, aprende a vivê-lo, a senti-lo. Por trás disso tudo não é possível que esteja apenas uma brincadeira. Bom, possível é. Só não quero acreditar ser a realidade. Por quê? Ah, “deixa eu fingir”...
sábado, 27 de novembro de 2010
sábado, 20 de novembro de 2010
Remetente: Futura Namorada
Cara, meu caro, você mesmo aí;
Sei que a vida não anda tão boa, não tanto quanto você imaginou que estaria a essa altura da vida. Porém, saiba que eu te admiro. Admiro essa tua pose de Lord inglês de paciência infinita, de garba no comportamento, de fala calma, de idealismo adolescentemente vibrante e adultamente consciente.
Sei que você será ainda melhor como Homem. Com "H" maiúsculo, porque você fez a escolha de não ter "pego" todas as mulheres, em troca de entendê-las. Isso tem um preço imenso enquanto não aprender a se mover nesse jogo. Por diversas vezes ouvirá aquela palavra de cinco letras começada com a letra "a". E, você sabe, verá tuas paixões se apaixonando e chorando lágrimas nos teus ombros; ou sorrindo ao apontar o outro como o "amor da vida" delas. Isso porque você é o amor em vida.
Sei que você está com certa dificuldade de ser samba em tempos de remix. Entretanto, eu sei que vou me derreter com esse teu jeito super piegas de declamar Drummond, Quintana, Neruda, Benedetti, Amarante, Marcelo Camelo; que vou vibrar quando você explicar sobre o relativismo cínico do Bourdieur, sobre a filosofia nos acontecimentos diários, sobre suas teorias. Sei que vou me divertir com tuas piadas momentâneas. Saberei me encantar quando você se descrever como uma mistura de Ross e Chandler, que culmina num "Ted Mosby".
Sei que você está agora lendo essas linhas e torcendo para que a remetente chegue logo. Chegarei na velocidade certa, se não estou já a teu lado, me reconhecendo nestas linhas. Perdoe se fico sem jeito, nesse momento, e não tenho coragem ou vontade ou ambos os impulsos para sair do meu lugar confortável, quente e até seguro para ir ao teu encontro. Talvez, eu ainda não tenha descoberto, no presente, que você já é o cara certo. Promete que perdoa se eu perceber isso um pouco mais tarde? Até canto "será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava?" !. Juro.
Sei que você é curioso, dedey. Pois é, já sei como teus amigos te chamam, Brugger. Porém, vou te chamar de 'meu", quando for meu homem. Vou chamar de "dedey", quando for aquele meu amigo doce; e, "Brugger", quando eu e todos nossos amigos forem se rendendo àquela tua argumentação fantástica numa mesa de bar. Não será sonho, acredite.
Com todo o carinho do mundo, torço para que você conclua o 2010 com essa evolução intensa. Termine bem as provas, concentre-se no estágio, tenha o merecido descanso. Faça uma ótima OAB, quem sabe não assisto tua defesa de monografia e danço contigo a valsa dos namorados logo logo em setembro de 2011? Por enquanto....."sorria e saiba o que sei: eu te amo".
Meu beijo, do jeito do seu beijo, nosso beijo.
Futura namorada
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Enquanto ela não chegar
Ted: Stella, por quê o Tony? É por causa do dinheiro? ...Ou por causa dos pijamas de kung fu?
Stella: Ted...Não sei! É ELE. Simplesmente, eu sei que é Ele!
Ted: É ele. É ele...sabe, Stella?! Isso que vocês tem, que eu sei que vocês têm. O que eu sei que Lily e Marshall têm....Eu quero isso pra mim!
Stella: Sabe, eu já também fugi de uma multa! Eu estava correndo a 140..150 km/h na freeway. Ai, o guarda me parou e disse o seguinte: Estava te esperando, por quê demorou? Achei nojento. Mas respondi: Eu estava correndo para você o mais rápido que pude.
Ted: risos
Stella: Ted, o que quero dizer é...Ela está vindo, Ted. Está vindo para você, o mais rápido que ela pode.
Diálogo da minha série favorita: How I Met You Mother. Realmente confesso a tal pressa para que ela chegue. Fico olhando para as folhas do calendário, "um dia a mais é um a menos pro encontro acontecer". Crio teses e discuto com o professor, "não resolve de porra nenhuma, né?". Resumo do ano. Da vida, diria a Tha.
A tese é toda quanto ao cansaço de construir e demolir fantasias, amar "errado", procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis.Bem Caio Fernando. É o desejo do querer daquela pequena, para encostar no ombro e ter conversas afáveis, que façam valer cada momento daqueles idealizados. Sim, como diria o Gabito Nunes e recitado por Caras como Eu: O último romântico, em versão samba em tempos de remix. Talvez eu jogue rápido demais, na contramão dos fatos da vida real. Porém, esse sou eu. Bem piegas mesmo, guardando um "eu te amo" que não vai escapolir dessa vez antes do momento certo. Antes que ela chegue, se é que já não chegou e está bem do meu lado. Vai saber?!
Possuir calma nunca foi minha melhor habilidade. Talvez por essa razão escrevo, para traduzir as explosões intraduzíveis de madrugadas adentro tentando encontrar explicações no cosmos. O que tenho feito de errado para aos 23 desse tempo ainda estar nesse empate sentimental? Vem Amarante cantar agora: "Ela é mais sentimental que eu, então fica bem se eu sofro um pouquinho mais". Ou o Bruno Gouvea: "se passei por você e não te reconheci, meu amor, me perdoe, como poderia saber?".
Vontade de dinamitar o mundo e ele dar voltas. Quantas forem necessárias. Enquanto isso, o que resta são linhas na madrugada de mãos dadas. Aguardando o tal do "momento certo", onde a fé remove até montanhas e torna o irreal possível. Se meu mundo fosse o real, tudo já estaria harmonizado.
Enquanto isso, estou pelo samba, pelo rock, pelos livros. E para essa mulher que vai chegar, "eu estou te esperando, vê se não vai demorar".
Quantas coisas eu ainda vou provar?
E quantas vezes para a porta eu vou olhar?
Quantos carros nessa rua vão passar
Enquanto ela não chegar?
Quantos dias eu ainda vou esperar?
E quantas estrelas eu vou tentar contar?
E quantas luzes na cidade vão se apagar
Enquanto ela não chegar?
Eu tenho andado tão sozinho
Que eu nem sei no que acreditar
E a paz que busco agora
Nem a dor vai me negar
E quantas vezes para a porta eu vou olhar?
Quantos carros nessa rua vão passar
Enquanto ela não chegar?
Quantos dias eu ainda vou esperar?
E quantas estrelas eu vou tentar contar?
E quantas luzes na cidade vão se apagar
Enquanto ela não chegar?
Eu tenho andado tão sozinho
Que eu nem sei no que acreditar
E a paz que busco agora
Nem a dor vai me negar
(...)
Quantas besteiras eu ainda vou pensar?
E quantos sonhos no tempo vão se esfarelar?
Quantas vezes eu vou me criticar
Enquanto ela não chegar?
Eu tenho andado tão sozinho
Que eu nem sei no que acreditar
E quantos sonhos no tempo vão se esfarelar?
Quantas vezes eu vou me criticar
Enquanto ela não chegar?
Eu tenho andado tão sozinho
Que eu nem sei no que acreditar
E quando chegar, será ironicamente, hermeticamente e concisamente excelente, para durar.
domingo, 7 de novembro de 2010
E se me perguntar..
E se me perguntar, eu digo que é samba e aumento o tom, se preciso for. Digo que é viagem de 3 dias, prorrogáveis pela vida, se bem quiseres. É escrito à mão com o pedido de eternidade, letra posta e idéia para a próxima.
Se me perguntar, eu falo que não sei, mesmo sabendo. Sapiência também é distanciar os pontos para aplaudir o vácuo. Não respondo; se necessário, omito. Calo e dou razão. A guerra nunca foi lucrativa, nem se a "recompensa" fosse armas químicas e poemas.
Se me perguntar, digo que vou à caça. De mim, principalmente. Buscar onde ninguém ousou, quem sabe faço da procura o encontro. Perco a bussola e recomeço, sem reclamar. Aos poucos, vou soltando o peso da bagagem, da responsabilidade e de pequenos atos que são - invariavelmente - mal interpretados.
Se me perguntar, eu digo distância. Alguém pensou amor como palavra, confiança foi que nós lembramos. Mas se interpelar, eu digo distância. E viajo, muito, para outro mundo. O status quo ante é, sim, retomado. Sei que o velho samba falou sobre nossa lei nos obrigar a sermos felizes, contudo editaram medidas contrárias; torço para que sejam provisórias e não convertidas em leis.
Se me perguntar, eu digo que é conto de Caio F., com alguma citação rápida da Clarice Lisp ector- alguém especial disse que ela entenderia -, pediria um pouco de Lya Luft e um amor mundano-mente romântico de Cazuza. E te escrevo, ainda que indiretamente. Burlo a censura e as disposições cogentes, com a gente. Eu quero normas dispositivas, você disposta e eu, idem. O mais é tudo que pode ser, desde que não me perguntem o quê.
Se me perguntar, eu reaprendo aquela minha velha mania de ter fé na vida e traço planos, enfeites, teu corpo. E te conto como imagino, até você acreditar que podemos. Podemos. Poderíamos. Riríamos. Se me perguntar, eu omito que são mais linhas pelo velho objetivo, vou apagando as músicas, os textos, os pequenos atos. Se me perguntar, eu vou ter que omitir.
A resposta é essa.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Harmonise
Tudo começou com sacrifício. Abandonei meu querido bar da fábrica para subir o morro rumo à por mim detestada Privilège. Era aniversário daquela que viria, mais tarde, a ser responsável por grande parte do meu aniversário desse ano ter sido tão mágico. O objetivo àquela época era, confesso sinceramente, mais uma aposta de fichas em "última chance" com outra cidadã que por lá estava, apriorístico dizer que a comemoração era pretexto.
A comemoração acabou sendo pré-texto para essas linhas de agora. Eu cheguei, encontrei-a e quis duvidar. Afinal, aquele sorriso aberto logo no nosso primeiro encontro e uma sinceridade inquestionável no "Andrey, que BOM que você veio". Foi senha para eu ficar à vontade e nos dias seguintes ser criada uma relação de cumplicidade. Hoje, eu digo: estranho seria se eu não me encantasse por ela.
"Eu estava acorrentado a um pretérito imperfeito e de algum jeito improvável, você me trouxe à superfície pra que eu voltasse a pulsar.". Ela recuperou minha fé em ações, atitudes, pensamentos e autoconfiança que eu por vezes chego a abandonar. Alguns desses tópicos foram mesmo abandonados temporariamente e ela trouxe a tona. Jogou meu maldizer na lona e tem feito valer a pena. Ela mostra que relacionamentos podem ser levados a sério, independente de tempo. E que inconformismo é vital para a renovação de possibilidades. Ela me faz pensar. Em mim, nela, na humanidade, política, direito ou qualquer outro assunto que surja no encadeamento do diálogo. Uma lembrança puxando a outra e quando ver são 4h da manhã de outro dia. E o "boa noite" vem para coroar, vício de toda noite e virtude para bom sono.
Harmonise para o trocadilho fazer sentido. Ela "é o triunfo da minha esperança sobre minha experiência". Além dos motivos expostos anteriormente, junta princípios, inteligência, bom-humor e beleza. É leve, faz ficar leve, mesmo sendo "mandona". Delicadamente desbocada. Sutilmente intransigente, persuasiva. Um doce até no mau-humor. Como o som que ouço são as gírias de seu vocabulário: super curto loucamente.
A vida tem sido mais fácil, quando eu penso na palavra: harmonise. A grafia é errada, mas o sentido é perfeito. São os olhos fechadinhos quando sorri e ótima companhia para sambar. É alguém que eu conto, no meu filtro seletivo do Caio F.
"De onde vem o sentimento de que a sua história, absolutamente nova, é como um livro que releio aos poucos e, ao longo das páginas, apenas recordo trechos que esqueci". É estranho, mas realmente já me sinto como um amigo de outras vidas.O Ritmo rola fácil. É Encantamento piegas-juvenil mesmo. Puro. Um querer estar ao lado, que seja assim, sempre.
Leonina. Guerreira. Que faz um escorpião abaixar a cauda com o veneno, não por medo, por respeito. Por deferência. Se fosse samba, "é brilho demais para um só olhar". Se fosse rock, rural. Sá.Rodrix.Guarabyra. Se MPB, Vinícius e Amor de Índio.
"Admiro sua força para engolir lágrima por lágrima como se essa cena não fosse interferir eternamente em cada prefácio de amor futuro.". E toda a teoria, não poderia deixar, discutida sobre isso. A prece é para que continue assim: novidade com gosto de já saber de outras vidas, eterno com gosto de renovação diária.
"No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto"
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto"
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