Obrigado à Fernandinha que, lá de Floripa, escreveu para esse 'doce palhaço trôpego" tão emocionantes palavras!
Caótico tal qual o mote que inventa
Tragado por delírios voluntários
Ele dança e canta, doce palhaço trôpego
Chora por muito rir, percebeu-se desesperado
Ovacionado e envaidecido por aplausos imaginados
Ritmado, pois, segue bailando ao passo da sombra
Mantém os olhos abertos mirando algo circunscrito
Nas faces que lhe ignoram
Pobres doentes sem remédio
Ele sente muito medo por não ser mais um enfermo
Mas ele cambaleia com seu sorriso tolo
Sua existência agora diluída
Em meio às ilusões instantâneas
Já nem sente os pés feridos, apenas o gosto de bílis
Enquanto ele roda, grita, gesticula, sonha, sangra e é feliz
Eles o apontam e dizem nos ouvidos:
“Os olhos do cavalheiro estão perdidos”
Porém ele não escuta mais ninguém
Além do próprio choro bobo
E das vozes em sua cabeça ecoando:
Tu és feliz, muito feliz
Tu és feliz, muito feliz
Muito feliz.
"O palhaço pena, quando cai o pano e o pano cai.
Um sorriso por ingresso, falta assunto, falta acesso"
Um sorriso por ingresso, falta assunto, falta acesso"
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