Autocontrole. Foco. Olha, o sinal abriu. É que quando você fala, as buzinas cessam e o motor também quer ficar parado, sem trabalhar, ouvindo a voz. A sua. É autocontrole novamente, te deixo e vou.
Relances de algo que vou procurar evitar, por sobrevivência. Sei bem como termina e a jurisprudência está mais que consolidada. É para manter as mesmas palavras: foco, autocontrole, não posso largar mão disso agora. Posso?
É esse meu jeito para ser carente profissional. Advogo por tanta gente e tanta causa perdida, que quando te encontro as coisas ainda fazem algum sentido. Uma grande amiga e professora dizia que eu não resistia a uma boa conversa e um sorriso torto. Ando resistindo, insistindo nisso, porque eu sei das consequências. O problema todo é diagnosticado, como que por ironia e gozação do destino, por uma banda que vem logo para cá. Os paralamas soltam agora, quando você está sorrindo para mim: "não sei viver só e sem sonhar,sem fé,sem ter alguém. Faz tempo que eu te espero e que te quero bem". Tempo que eu consegui manter as mesmas palavras de antes: autocontrole, foco, resistência.
Mas como carente profissional suicida, eu quero te ver de perto. Nem que seja numa canção ou no coração. Embora seja certo que é um certo querer, um querer-bem que não consegue ultrapassar o "mas". O mais das vezes é isso, não ter controle no querer e mais uma vez, prometendo ser a última, esquecer as mesmas palavras: foco, autocontrole e o que mesmo?
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