Eu nunca fui de desistir. Já afirmei inúmeras vezes o meu gosto por desafios, minhas vontades loucas de transformar as pessoas, de conquistar. Mas sabe, tá cansando... ainda mais quando são duas pessoas que são grandinhas o suficiente para não precisar usar dos artifícios metafóricos. Eu gosto de entrelinhas. Gosto do “hermético” da coisa. Mas tem horas que eu queria tanto a facilidade de ouvir o simples. Enfeitar é legal, é bonito, é uma boa forma de conquista. Mas quando faz sentido. Cada hora é uma coisa. Hora é sim, hora é não, tantas horas o bendito talvez.
Sabe o que acontece numa situação dessas? A gente se apega nos “sim”, nos “talvez”, manda o coração ignorar os “não”, arranja uma desculpa pra eles e a gente sonha. Sonha sim, acordada ou não. Sonha de verdade, sonha falando, sonha sonhando.
A gente conversa com os amigos querendo saber opiniões, querendo ajudas indiretas, querendo simplesmente contar. Nem sempre é isso que a gente encontra. Tudo bem, fazer o que. A gente insiste, pensa, lembra dos momentos bons, lembra de tudo. Mas acaba faltando a certeza no brilho dos olhos.
domingo, 29 de novembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Prova...
Acabou Direito Comercial mas. Trabalho de Direito Tributário. Trabalho de Direito Penal. Prova de Direito do Trabalho. Trabalho de Direito do Trabalho. Prova de Tributário. Trabalho de Direito Processual Civil. Prova de Direito Processual Civil. Prova de Direito Civil. Prova final de Direito Civil. Prova de Direito Penal.
Enfim, moçada tá foda! Eu e a Tha prometemos que após fim de período a gente traz histórias divertidas, românticas, divertidonas com uma galerinha do barulho em clima de azaração pra vocês!
No mais. Carpe Diem, cuidem-se, Capinem!
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Todo carnaval tem seu fim! Mas recomeça...
Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa.
Ou não diga nada, mas chegue mais perto.
Não seja idiota, não deixe isso se perder,
virar poeira, virar nada...
O Pierrot apaixonado, ainda, chora pelo amor da Colombina. Chora menos, agora. Afinal, os anos se passaram. Como tudo passa, inclusive aquele desmanche de mundo. Contudo, romântico que é, Pierrot lembra, relembra, se pergunta por quê não deu certo? Não encontra respostas.
Certamente o não achar a resposta é o que fica da dor. Ele pensa naqueles beijos em poucos carnavais ao longo da vida. Carnavais que são dias daquele período que trazem uma alegria e uma fé enorme para se suportar o resto do ano. Da vida.
Pierrot ainda encontra a irmã da Colombina. A irmã diz que Colombina não consegue se firmar com nenhum homem de bem (nem de mal), aquele velho medo de compromisso, tipico das figuras que acreditam em carnavais (momentos pontuais de beijos na boca, os antigos JF FOLIA da época e choppadas afins), não a deixa encontrar um bem-me-quer. Pierrot fica triste, mas logo pensa: Ela quem jogou tanta vida fora.
Pierrot ainda pensa em Colombina. Encontrou algumas belas mulheres da Corte durante a vida. Esteve com elas por muitas noites. Mas sempre pensava: não confudiremos sexo com convívio social. Não confundiremos boa leitura e boa conversa com amor. Não confundiremos a mulher para a vida com a mulher da vida.
Pierrot encontra seus amigos para beber na esquina, não para se matar, enfim. Encontra os outros amigos Pierrots que encontraram, muitos deles, suas Colombinas mais evoluídas. Sim, existem as Colombinas que valem a formação do bloco, que transformam a vida em carnaval e que se for preciso, por eles, faz a quarta-feira de cinzas ser o dia da concentração dos blocos, prepara a avenida para eles passarem.
A Colombina daquele primeiro Pierrot? A Colombina também envelheceu. Ela está pelo mundo, conhecendo lugares novos e vivendo outras histórias de amor. Ela também se lembra do beijo do Pierrot. E imagina o que aquele palhaço (no bom sentido vide sua roupa, claro), fez da sua vida. Ela ainda está sambando nos carnavais da vida, mas já pensa na hora em que se preocupará com o que fazer com os outros 361 dias do ano e as consequências para a vida que resta. Já que todo carnaval tem seu fim.
E o Arlequim hein? Ah, o Arlequim não mudou nada. Está lá no meio da fanfarra, soprando uma cornetinha, puxando o trenzinho. Partindo o coração de outras Colombinas, enchendo de raiva outros Pierrots. Ele está esfuziante. Pelo menos até a 4ª Feira de cinzas, quando as luzes serão apagadas, os metais e tambores guardados, os confetes varridos do chão. E aí, mais uma vez, ele será o mais triste dos três.
Quanto a esse Pierrot, também não quer saber de mal-me-quer. Por isso, tenta olhar para o lado e vê uma boneca de pano. Não tem a pompa da Colombina no salão, mas aquele sorriso doce, aquele ombro amigo, aquela boa companhia, aquela parceria. Não sabe ao certo se pode vir a ser "amor" nos moldes históricos dos sambas e blocos carnavalescos. Mas pode ser a mulher para a vida.
Pierrot e Boneca de Pano do Teatro Mágico da Vida? Ora, por quê não??! Afinal, tem horas que a gente se pergunta: - por quê é que não se junta tudo numa coisa só?
"Deixa ser, o que há de ser vigora"
Marcadores:
carnaval tem seu fim,
colombina,
pierrot
sábado, 21 de novembro de 2009
Fragmentos de um artesão
"E eu te daria um coração fora da porra de um copo sem álcool para entorpecer. E pra puta que pariu com tanto medo e tanto isso que me faz balbuciar letrinhas de afeto, frases boas e diálogos sem finais".
Gabriele Fidalgo
Era noite de sexta-feira. O normal seria ir até tua sala, fazer o milésimo convite pro bar pós-faculdade. Você negaria, mas diria que eu estava cheiroso.
Só que ontem, eu resolvi sumir. Ficar dentro de sala. Apesar dos mil assuntos a serem tratados. Melhor assim, acontece que talvez um sumiço leve seja bom para dar um tempo pro descanso da tua retina e para a possibilidade - grande - de eu falar/fazer alguma besteira.
-------------------------------------------
Calma, moça. Você não é monstro. É dura, às vezes. Contudo, qual pessoa de opinião não o é, por vezes?!
-------------------------------------------
Claro, você é medrosa. Treme ao menor contato. Ama jogar vida fora, para depois alguém vir escutar teu choro. Olha, aprende: é mais fácil ser triste. Porém, também anote: ninguém aumentará um grama de amor por ti, por ter chorado.
Você precisa saber o que eu sei. Baby, leia na minha camisa: ........I love you.
-------------------------------------------
Sou pescador de ilusões mesmo. Talho, feito um artesão, a imagem de um rapaz de bem.
não foi necessariamente só pra você.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Antes era o Jobim...
Começou assim: os olhos viram, o coração sentiu, a boca falou, o coração bateu, ela descobriu que se apaixonou. Bem paixonite assim. Aquelas que não tem limites formais ou materiais*. Para ela pouco importava se fosse de dia, se fosse de noite. Se estava longe ou perto. Sã ou inconsciente. Ela apenas o mantinha na mente o tempo todo. O básico de uma adolescente.
Um dia ela descobriu o gosto dele por Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Toquinho. Pronto. Mensagens eram com trechos, baixou todas as discografias, escutava o tempo todo apenas para mostrar a coincidência de terem o mesmo gosto musical.
Passou. Evoluiu pra amor? Ela diz que sim. Há quem diga que não. Ela diz que passou mesmo. Há quem diga que está latente. Não importa.
Um dia desses começou assim: os olhos viram, o coração sentiu. Como um alerta, Jobim passou em sua cabeça. Mas não, não era o mesmo... ela só cantarolava: “Ah vai, me diz o que é o sossego que eu te mostro alguém afim de te acompanhar...”
*Sim, eu acabei de ler o livro do Bobbio.
Um dia ela descobriu o gosto dele por Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Toquinho. Pronto. Mensagens eram com trechos, baixou todas as discografias, escutava o tempo todo apenas para mostrar a coincidência de terem o mesmo gosto musical.
Passou. Evoluiu pra amor? Ela diz que sim. Há quem diga que não. Ela diz que passou mesmo. Há quem diga que está latente. Não importa.
Um dia desses começou assim: os olhos viram, o coração sentiu. Como um alerta, Jobim passou em sua cabeça. Mas não, não era o mesmo... ela só cantarolava: “Ah vai, me diz o que é o sossego que eu te mostro alguém afim de te acompanhar...”
*Sim, eu acabei de ler o livro do Bobbio.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever – Clarice Lispector
Hoje eu sentei e disse que iria escrever sobre tudo. Ah, chega de esmagar sentimentos com subterfúgios variados! Tá. Só que não é fácil. Peguei um livro na estante. Dela. Lispector. Me calei. Não é que meus desejos tenham mudado, talvez, apenas tomaram outra perspectiva. Assino o desejo mudo de contar ao mundo o que se passa.
Vou de conto, crônica, narrativa. Sei lá.
Ela não dorme. Mexe, remexe, se vira. Tenta sonhar, tenta relaxar. Fez de tudo, colocou música calma, tomou leite quente. Pensa nele. Pensa nela. Não conclui. Isso a atormenta, paralisa. Divaga. Acha que dorme e acorda. Acha que o tem e desperta. Chora. Ri. Não entende, acha que entende e descobre que está errada. Culpa-o, a culpa. Culpa a culpa. Desnorteia-se. Perde o sentido. Descobre que ama. Reencontra o sentido. Quer dormir, quer tê-lo. Quer. Não consegue. Remói o passado. Constrói um futuro que não vai condizer. Chora de novo. Quer vê-lo secar suas lágrimas com beijos quentes numa noite fria. O coração bate forte. As horas passam. O sentimento não muda. Muda a compreensão que ela mesma faz. Decide abandoná-lo, sente-se fraca. Queda na auto-estima. Pensa bem. Busca aquelas “quase” vezes. Recupera o ego. Acha-se superior. Abandona. Sente falta. Volta atrás. Quer dormir, quer fugir. Meu Deus quanto querer. Pede conselhos ao travesseiro. Pede calor às cobertas. Pede tempo ao despertador e ao coração. Adormece. O dilema continua. Acorda. O dilema mantém-se real. Sai de casa. Encontra o mundo. Por ele é absorvido, e as emoções ficam latentes. É assim que acontece, a rotina consome até a esperança de expressá-las.
Vou de conto, crônica, narrativa. Sei lá.
***
Ela não dorme. Mexe, remexe, se vira. Tenta sonhar, tenta relaxar. Fez de tudo, colocou música calma, tomou leite quente. Pensa nele. Pensa nela. Não conclui. Isso a atormenta, paralisa. Divaga. Acha que dorme e acorda. Acha que o tem e desperta. Chora. Ri. Não entende, acha que entende e descobre que está errada. Culpa-o, a culpa. Culpa a culpa. Desnorteia-se. Perde o sentido. Descobre que ama. Reencontra o sentido. Quer dormir, quer tê-lo. Quer. Não consegue. Remói o passado. Constrói um futuro que não vai condizer. Chora de novo. Quer vê-lo secar suas lágrimas com beijos quentes numa noite fria. O coração bate forte. As horas passam. O sentimento não muda. Muda a compreensão que ela mesma faz. Decide abandoná-lo, sente-se fraca. Queda na auto-estima. Pensa bem. Busca aquelas “quase” vezes. Recupera o ego. Acha-se superior. Abandona. Sente falta. Volta atrás. Quer dormir, quer fugir. Meu Deus quanto querer. Pede conselhos ao travesseiro. Pede calor às cobertas. Pede tempo ao despertador e ao coração. Adormece. O dilema continua. Acorda. O dilema mantém-se real. Sai de casa. Encontra o mundo. Por ele é absorvido, e as emoções ficam latentes. É assim que acontece, a rotina consome até a esperança de expressá-las.
domingo, 15 de novembro de 2009
Os 50 anos de carreira eram do Roberto Carlos...
..... mas o danado quis porque quis remontar meus 22!
De trás pra frente, bora lá:
Eu sei
Tô correndo ao encontro dela
Coração tá disparado
Mas eu ando com cuidado
Não me arrisco na banguela
Eu sei
Todo dia nessa estrada
No volante eu penso nela
Já pintei no pára-choque um coração
E o nome dela...
Ai, ele começou a achar engraçado e divertido, resolveu atirar para tudo quanto é lado:
Você foi!
O maior dos meus casos
De todos os abraços
O que eu nunca esqueci
Você foi!
Dos amores que eu tive
O mais complicado
E o mais simples prá mim...
O maior dos meus casos
De todos os abraços
O que eu nunca esqueci
Você foi!
Dos amores que eu tive
O mais complicado
E o mais simples prá mim...
(...)
Você foi!
O melhor dos meus erros
A mais estranha história
Que alguém já escreveu
O melhor dos meus erros
A mais estranha história
Que alguém já escreveu
(...)
Você foi!
A mentira sincera
Brincadeira mais séria
Que me aconteceu
Você foi!
O caso mais antigo
E o amor mais amigo
Que me apareceu...
A mentira sincera
Brincadeira mais séria
Que me aconteceu
Você foi!
O caso mais antigo
E o amor mais amigo
Que me apareceu...
Das lembranças
Que eu trago na vida
Você é a saudade
Que eu gosto de ter
Só assim!
Sinto você bem perto de mim
Outra vez...
Que eu trago na vida
Você é a saudade
Que eu gosto de ter
Só assim!
Sinto você bem perto de mim
Outra vez...
(...)
Você foi!
O melhor dos meus planos
E o maior dos enganos
Que eu pude fazer...
O melhor dos meus planos
E o maior dos enganos
Que eu pude fazer...
Ele resolve dar uma pausa e eu cantarolo: "quando ela dorme em minha casa, o mundo acorda cantando" do Baleiro, O Roberto Carlos parece que ouve e volta:
"Amanhã, de manhã, vou pedir um café pra nós dois.."
Beleza, eu já estava achando sacanagem, contudo a festa era dele...ele poderia apelar ..e APELOU:
Eu não vou saber me acostumar sem sua mão pra me acalmar
Sem seu olhar pra me entender, sem seu carinho, amor, sem você
Vem me tirar da solidão, fazer feliz meu coração
Já não importa quem errou, o que passou, passou então vem ...
Sem seu olhar pra me entender, sem seu carinho, amor, sem você
Vem me tirar da solidão, fazer feliz meu coração
Já não importa quem errou, o que passou, passou então vem ...
Ok, maravilha...detalhe....
Eu sei que um outro
Deve estar falando
Ao seu ouvido
Palavras de amor
Como eu falei
Mas eu duvido!
Duvido que ele tenha
Tanto amor
E até os erros
Do meu português ruim
E nessa hora você vai
Lembrar de mim..
Deve estar falando
Ao seu ouvido
Palavras de amor
Como eu falei
Mas eu duvido!
Duvido que ele tenha
Tanto amor
E até os erros
Do meu português ruim
E nessa hora você vai
Lembrar de mim..
(...)
Pensando ter amor
Nesse momento
Desesperada você
Tenta até o fim
E até nesse momento você vai
Lembrar de mim...
Nesse momento
Desesperada você
Tenta até o fim
E até nesse momento você vai
Lembrar de mim...
Eu sei que esses detalhes
Vão sumir na longa estrada
Do tempo que transforma
Todo amor em quase nada
Mas "quase"
Também é mais um detalhe
Um grande amor
Não vai morrer assim
Por isso
De vez em quando você vai
Vai lembrar de mim...
Vão sumir na longa estrada
Do tempo que transforma
Todo amor em quase nada
Mas "quase"
Também é mais um detalhe
Um grande amor
Não vai morrer assim
Por isso
De vez em quando você vai
Vai lembrar de mim...
O show foi excelente, embora eu preferisse o do Acústico MTV! Contudo, ele é rei mesmo.
A conclusão desses 22 anos, até agora, é: se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu VIVI.
Marcadores:
22 anos,
50 anos,
emoções,
tá de sacanagem
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
100 vezes.
Mapearam o genoma, o acaso vai dançar
Sem a senha nem em sonho, impossível disfarçar
Pra quem gosta de nós é um prato cheio
Vela vai veloz vamos sem receio pra quem gosta de nós
Sem a senha nem em sonho, impossível disfarçar
Pra quem gosta de nós é um prato cheio
Vela vai veloz vamos sem receio pra quem gosta de nós
(Pra Quem Gosta de Nós - Pouca Vogal)
Para quem gosta de nós, é o CENTÉSIMO POST!
Acho que nada melhor que numa sexta-feira 13, o post 100; como bem lembrou a Tha (meu achado, minha parceira, vida só existe com ela)! E a gente só tem que agradecer, por quem vem, lê e comenta; por quem vem, lê e não comenta; por quem vem, lê e fala nos corredores da faculdade ou no Orkut.
O Ironias vem tratando de temas piegas, mas se não falar de amor não se fala do que move o mundo. A temática provavelmente será essa basicamente e mais algumas pitadas do que ocorre em volta. Embora, a gente prefira levantar a placa do "Eu já sabia!" e falar na mesa do bar, o que acaba sendo blogado lá no Aforismas!
Outro dia, perguntaram-me o motivo de eu escrever, não encontrei melhor resposta do que li em meio aos eucaliptos:
Escrevo por todos que investiram muita vida para esquecer velhos amores.
Pelos que fizeram escolhas erradas, e para os quais o tempo passou, cruel e implacável, varrendo do rosto alguns sorrisos e da alma tantos sonhos.
Por quem já esteve em lugares de vazios tão densos, que os confundiram com o alto inverno.
Escrevo por cada coração entregue a quem nem bem valia um olhar.
Pelos que já acreditaram em palavras voláteis, e tornaram-se, portanto, vulneráveis diante dos amores de mão única.
Para os que já foram surpreendidos por gestos curtos e palavras ríspidas, e só o que queriam era serem ouvidos.
Por todos os emocionalmente desabitados.
Porque no desamparo o ser humano sabe-se só.
E há a perigosa convicção do abandono, que por mais sutil que seja, míngua a vida da gente.
Escrevo porque dentro de mim tenho memórias de cada uma dessas dores, e porque dia desses ouvi que TRISTE é qualquer coisa viva, que (em algum momento) não sente como tal.
Escrevo então pra tentar fazer diferente, pra propor dias melhores, pra abolir esse abandono, aceitar novos caminhos...
Pelos que fizeram escolhas erradas, e para os quais o tempo passou, cruel e implacável, varrendo do rosto alguns sorrisos e da alma tantos sonhos.
Por quem já esteve em lugares de vazios tão densos, que os confundiram com o alto inverno.
Escrevo por cada coração entregue a quem nem bem valia um olhar.
Pelos que já acreditaram em palavras voláteis, e tornaram-se, portanto, vulneráveis diante dos amores de mão única.
Para os que já foram surpreendidos por gestos curtos e palavras ríspidas, e só o que queriam era serem ouvidos.
Por todos os emocionalmente desabitados.
Porque no desamparo o ser humano sabe-se só.
E há a perigosa convicção do abandono, que por mais sutil que seja, míngua a vida da gente.
Escrevo porque dentro de mim tenho memórias de cada uma dessas dores, e porque dia desses ouvi que TRISTE é qualquer coisa viva, que (em algum momento) não sente como tal.
Escrevo então pra tentar fazer diferente, pra propor dias melhores, pra abolir esse abandono, aceitar novos caminhos...
Escrevo para urgentemente lhe estender as mãos...
Marcadores:
o centésimo,
obrigado gente,
quase romário
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Da esperança que o "ainda" traz
Eu quis dizer e você até quis escutar, mas isso não bastava. Eu quis dormir para sonhar com você, mas isso não bastava.
Eu deitei te imaginando do meu lado. Me entreguei ao seu abraço, sorri ao ganhar um beijo. Tremia ao sentir seus dedos fazendo carinho dentro do abraço mais perfeito para mim. Eu caibo direitinho nos seus braços, você sabe. Naquele momento eu não precisava de mais nada. Podia gritar mas optei por dizer ao pé do ouvido que eu podia ficar assim pra sempre. Você, então, sorriu pra mim. Sorriu de verdade. Eu podia enxergar cada fraqueza sua pelos seus olhos. Eu podia ver que você também estava feliz. Ali então eu vi que tínhamos um objetivo em comum. E eu pude perceber o quanto eu te queria bem. Então acordei.
Me vi enrolada em edredons frios perto do seu abraço. Levantei e busquei por sinais seus. Um recado, uma mensagem, um bilhete. Não, ainda não. A realidade ainda não condizia com o meu sonho. Ainda.
* * *
Eu deitei te imaginando do meu lado. Me entreguei ao seu abraço, sorri ao ganhar um beijo. Tremia ao sentir seus dedos fazendo carinho dentro do abraço mais perfeito para mim. Eu caibo direitinho nos seus braços, você sabe. Naquele momento eu não precisava de mais nada. Podia gritar mas optei por dizer ao pé do ouvido que eu podia ficar assim pra sempre. Você, então, sorriu pra mim. Sorriu de verdade. Eu podia enxergar cada fraqueza sua pelos seus olhos. Eu podia ver que você também estava feliz. Ali então eu vi que tínhamos um objetivo em comum. E eu pude perceber o quanto eu te queria bem. Então acordei.
Me vi enrolada em edredons frios perto do seu abraço. Levantei e busquei por sinais seus. Um recado, uma mensagem, um bilhete. Não, ainda não. A realidade ainda não condizia com o meu sonho. Ainda.
sábado, 7 de novembro de 2009
Tua flor...
Mas não consegui. Estou aqui de novo.
Eu pensava: será possível que ela não sente nem um pouquinho minha falta?
Ela não sente falta da minha presença, das minhas ligações, da minha voz serena, das palavras calculadas, das frases de efeito, das minhas piadas sem graça, do meu mau humor irônico e do meu bom humor palhaço? Nem um pouquinho, ela não sente um pouquinho que seja da minha falta de bajulação? Daquele tratar bem? Daquele carinho que eu adorava fazer?
Mas aí, mais uma vez, eu lembrei que você tem sua vida. E que eu já não faço tão parte assim.
Lembrei de quando eu te perguntei como eu iria fazer para viver sem você. E você disse: vivendo, vai passar. Simples assim.
De um jeito simples que eu ainda não aprendi.
Eu queria que tivesse sido uma paixão. Aquelas arrebatadoras. Aquela que morre de ciúmes. Aquela que quer só para nós. Mas (não) aquela que morre e apaga rápido. E fica só a lembrança.
Mas, mais uma vez, não. Eu resolvi gostar. Gostar com carinho. Gostar com querer o bem. Gostar com ciúmes, mas capaz de abrir mão. Gostar com a certeza de que, comigo ou não, você será feliz. Gostar com sonhar com suas realizações. Gostar com adorar um sorriso que não é meu.
...
Você foi embora. E ficaram os três pontinhos. Um não sei o que fazer. Um não sei o que escrever. Um não sei o que fazer com os dias que não tem mais você para subir de ônibus, para contar aquele caso da Defensoria, aquela prova tensa ou te tirar as dúvidas da vida, da academia, de tudo.
E eu tô vivendo. Mas vivendo querendo pedir, implorar, ajoelhar: deixa eu te ver, deixa eu te abraçar, deixa eu te fazer carinho, deixa eu falar besteira, deixa eu te ligar, deixa eu tratar você mais um pouquinho bem.
E deixa.. que isso vai passar.
Mas vai deixar o gosto mais doce que eu poderia ter. Talvez para sempre.
O sentimento é forte mesmo.
* tem coisa pra caralho da Daniela Pastoriza.
Ouvi dizer
Do o teu olhar ao ver a flor
Não sei por que
Achou ser de um outro rapaz
Foi capaz de se entregar
Eu fiz de tudo pra ganhar você pra mim
Mas mesmo assim...
Do o teu olhar ao ver a flor
Não sei por que
Achou ser de um outro rapaz
Foi capaz de se entregar
Eu fiz de tudo pra ganhar você pra mim
Mas mesmo assim...
Minha flor serviu pra que você
Achasse alguém
Um outro alguém que me tomou o seu amor
E eu fiz de tudo pra você perceber
Que era eu...(A Flor - Los Hermanos)
Achasse alguém
Um outro alguém que me tomou o seu amor
E eu fiz de tudo pra você perceber
Que era eu...(A Flor - Los Hermanos)
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
A Fantástica Fábrica de Utopias
Hoje eu sentei em frente ao espelho para tentar conversar comigo. Há muito me faltava o tempo. Hora era IED, hora era Constitucional. No fim, sempre me pegava viajando pela biblioteca, mergulhada nos pensamentos dos outros e montando o meu juízo deles. Por vezes, me encontrava numa sala cheia, querendo absorver coisas como uma esponja sozinha desejando secar o mar.
Enfim, hoje, parei para pensar em mim. Respirar, aliviar, olhar bem fundo do peito. Deixar o coração falar, afinal, nem estava percebendo que ele continuava batendo. Ouvi. Ouvi coisas agradáveis, desagradáveis. Dei voz aos seus anseios, as dificuldades. Pois dar conselho ao coração dos outros eu faço constantemente sem sequer lembrar de perguntar ao meu como vai. E então olhei pra frente.
Lembrei dos meus olhos, olhei para eles também. Me faltavam dedos nas mãos e nos pés para conseguir contar as estrelas de satisfação que nele brilhavam. Numa sinfonia perfeita, que mesmo se fosse capaz de compor jamais seria capaz de reproduzi-la fielmente, as batidas do coração se somaram aos brilhos das estrelas.
Perguntei a eles o porquê disso tudo e dei uma gargalhada gostosa. Afinal, tudo é diversão na Fantástica Fábrica de Utopias.
E utopias são como o chocolate, vicia.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Sonho que se sonha só...
Sol entrando pela janela. Ignoro o latido do nosso cachorro , os processos em cima da nossa mesa do escritório. Eu, membro da AGU, tenho que protocolar aquela ADIN no Supremo Tribunal Federal. Você, Promotora Federal/Procuradora da República, tem que revisar aquele HC que o Supremo te pediu para emitir parecer.
Contudo, mando matarem os primeiros minutos do dia porque quero o teu cheiro na camisa e quanto a "merendeira" da nossa filha (que é linda, uma miss mirim, embora inteligente haha e super simpática, com um sorriso largo com falta de dentes, com o aditivo dos olhos de estrelas) e seu café, deixa que eu arrumo.
Contudo, mando matarem os primeiros minutos do dia porque quero o teu cheiro na camisa e quanto a "merendeira" da nossa filha (que é linda, uma miss mirim, embora inteligente haha e super simpática, com um sorriso largo com falta de dentes, com o aditivo dos olhos de estrelas) e seu café, deixa que eu arrumo.
Não me lembro como vim parar aqui, são 6 da manhã e eu te vejo dormir sorrindo.
Eu, ontem, tive um sonho
Há muito não sonhava
Lembranças de um futuro
que a gente imaginava...
( Humberto Gessinger)
Há muito não sonhava
Lembranças de um futuro
que a gente imaginava...
( Humberto Gessinger)
Assinar:
Postagens (Atom)